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CONTRA AS CATÁSTROFES

Projeto vai mapear áreas de risco em Santa Cruz; entenda

Foto: Rafaelly Machado/Banco de Imagens

Enchente de maio: projeto tem como objetivo conhecer a situação real das áreas para traçar um plano de ações de olho no futuro

Dois municípios do Rio Grande do Sul foram escolhidos pelo Ministério das Cidades para implementar o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). Bento Gonçalves e Santa Cruz do Sul são as cidades contempladas. As atividades de levantamento das áreas sujeitas a inundações, deslizamentos e outros perigos começam na próxima segunda-feira em Santa Cruz do Sul, com previsão de término para dezembro de 2025.

O projeto busca se consolidar como ferramenta essencial de planejamento urbano, permitindo que a Prefeitura possa identificar problemas e sugerir soluções para minimizar os riscos. Para isso, serão analisadas tanto vias públicas quanto áreas privadas, levando em consideração rachaduras, escorregamentos de terra e registros anteriores de enchentes. O acompanhamento será feito pela Defesa Civil e equipes técnicas de diversas secretarias municipais. O trabalho será conduzido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), responsável pela execução de outros nove planos semelhantes em diferentes partes do País.

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De acordo com o geólogo do SGB, Diogo Rodrigues Andrade da Silva, a equipe permanecerá na cidade nas próximas duas semanas, retornando em fevereiro para continuar as atividades. “O plano é um programa governamental que precisa da participação ativa da população, que será a principal beneficiada. Nosso objetivo é servir como um guia para decisões futuras, propondo obras e ações comunitárias que reduzam os riscos ou ensinem como lidar com eles, além de capacitar gestores públicos para aplicarem as medidas de maneira eficaz”, explicou Diogo.

Ele destacou a importância de conhecer a situação atual para evitar tragédias futuras: “O que passou não podemos mudar, mas áreas de baixo e médio risco podem ter se tornado de alto risco depois das enchentes. Então, precisamos primeiro conhecer, para depois agir”. Para o lançamento do projeto, reuniões foram feitas na quinta e na sexta-feira, com a participação de líderes comunitários dos bairros mais afetados pelas calamidades de maio e gestores públicos municipais, no auditório da Procuradoria-Geral do Município (PGM).

A secretária municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Simone Schneider, destacou que as ações estão registradas nas Estratégias Pré e Pós Evento Climático “Do tempo ao tempo”, um plano para enfrentamento de calamidades climáticas apresentado à comunidade em setembro. Lembrou que diversos profissionais do município serão mobilizados para colaborar. “É um privilégio para qualquer cidade receber um estudo dessa magnitude por parte do governo federal. Isso demonstra o comprometimento da prefeita Helena Hermany e dos demais colegas com o crescimento sustentável de Santa Cruz”, afirmou Simone, transmitindo a mensagem da prefeita de que o governo municipal fornecerá o apoio necessário para a execução bem-sucedida do PMRR.

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Primeiros passos

Para comunicar o início dos trabalhos, a equipe técnica vinculada ao governo federal fez palestras nas escolas dos bairros Várzea, Belvedere e Margarida e localidade de Rio Pardinho – regiões severamente afetadas pelas fortes chuvas de maio. Durante as apresentações, os geólogos Lauro Gracindo Pizzatto e Sheila Soraya Alves Knust explicaram aos alunos que os movimentos de massa são processos naturais que se tornam problemáticos quando há ocupação humana desordenada.

O engenheiro civil do Município, Leandro Kroth, explicou que a iniciativa visa auxiliar os municípios na mitigação dos riscos geológicos, orientando na formulação de diretrizes para obras de engenharia que reduzam os perigos nos bairros. “Os estudantes têm um papel importante em divulgar essas informações para suas famílias, garantindo que toda a comunidade esteja engajada nesta causa”, reforçou o coordenador da Defesa Civil, Claiton Luis Kolling, que vem dando suporte para a execução das tarefas em âmbito municipal.

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Reuniões para lançamento do projeto tiveram a participação de líderes dos bairros mais afetados pelas calamidades de maio

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