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Presidente da Asan foi alertado por contadora sobre valores não comprovados, diz polícia

Foto: Alencar da Rosa

Sede da Asan em Santa Cruz

A coletiva de imprensa realizada nessa quinta-feira, 10, para detalhar o inquérito do Caso Asan revelou novos bastidores da investigação. Conforme a Polícia Civil, Marco Antonio Almeida de Moraes entrou na associação em abril de 2019 para prestar serviços comunitários, cumprindo uma pena de sentença condenatória transitada em julgado na Justiça Federal. Isso ocorreu até outubro de 2020. “Contudo, em março de 2020 já localizamos pagamentos feitos de forma suspeita”, detalhou a delegada Raquel.

Segundo os policiais, mesmo que Marco estivesse na Asan na condição de condenado cumprindo pena, o presidente do lar de idosos, coronel Wilson Pessôa da Silveira, acreditou que ele poderia ter habilitação para gerir o local e o convidou para ocupar esse cargo. Conforme os agentes, a amizade dos dois teria ocorrido na época em que ambos frequentavam o quartel. Sobre Wilson, alguns pontos foram detalhados pelos agentes.

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Segundo Raquel, o presidente da Asan foi alertado duas vezes por uma contadora. A primeira em 5 de junho de 2023, quando ela noticiou a falta de comprovação de gastos de R$ 362 mil, e ele assinou um recibo de que seriam gastos da gestão anterior. E a segunda em 18 de junho passado. Nessa ocasião, novamente a contadora chamou o presidente e mostrou a falta daqueles R$ 362 mil não comprovados e outros R$ 324 mil que deveriam estar no caixa dos idosos.

“Novamente ele assinou uma ata e nesse momento fica claro que sabe que há algo errado, mas não tomou nenhuma providência”, disse Raquel. O presidente teria dito à contadora que outros R$ 60 mil o administrador Marco teria pegado emprestado, porque ele estava com problema de saúde e iria se tratar, e que teria devolvido. “Sabendo da situação ele estava”, frisou a delegada.

Entre os crimes a que Wilson vai responder está o de apropriação indébita de bens de idoso. “Foi ele quem determinou que fossem levados alimentos para um acampamento de cunho partidário que existiu na cidade”, detalhou Raquel, referindo-se ao grupo de manifestantes que ocupou a frente do quartel entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, após as eleições presidenciais.

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