Apontado como mandante de um dos casos policiais que mais geraram repercussão nos últimos anos em Encruzilhada do Sul, Camilo Castro Guterres, de 42 anos, foi absolvido de todas as acusações em fato analisado por sete jurados, em sessão do Tribunal do Júri presidida pelo juiz Ademar Eleutério Junior. Ele era acusado de duas tentativas de homicídio qualificado e corrupção de menor, por fato registrado no dia 23 de dezembro de 2022.
Na data, por volta das 18h40, em um bar localizado na Rua Honório Florisbal, no Centro do município, próximo da rodoviária, um adolescente de 15 anos entrou no estabelecimento e disparou com um revólver calibre 38, acertando quatro vezes um homem de 31 anos, e duas vezes uma menina de apenas 13 anos. Depois o autor dos tiros; Camilo; e outro adulto, identificado como Antônio Marcos da Silva Cardoso, de 53 anos, que teria indicado quem era o alvo do bar, fugiram em um veículo Volkswagen Gol.
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As vítimas sobreviveram ao ataque. O caso tinha como pano de fundo uma possível desavença antiga entre o homem atingido no estabelecimento comercial e os adultos envolvidos. Camilo e o outro acusado foram presos em flagrante pela Brigada Militar ainda no dia do crime e tiveram dias depois a prisão convertida em preventiva pela Justiça, após solicitação da Polícia Civil.
Antônio Marcos, que foi representado no processo pela Defensoria Pública, foi condenado por uma tentativa de homicídio qualificada contra o homem do bar, teve o crime da segunda tentativa desclassificado para lesão corporal grave contra a menina, e foi absolvido do delito de corrupção de menor. Sua pena final ficou em 16 anos, oito meses e dois dias de reclusão, não podendo recorrer em liberdade.
O procedimento para o adolescente infrator de 15 anos correu na Vara da Infância e Juventude e detalhes não foram revelados. Já Camilo foi absolvido de todas as acusações. O Ministério Público pode recorrer da decisão. A reportagem do Portal Gaz fez contato com o advogado Roberto Weiss Kist que, ao lado do colega Arthur Milani, fez a defesa do homem de 42 anos no júri.
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Ele comentou que prefere não se manifestar, tendo em vista que o processo ainda não transitou em julgado, havendo a possibilidade de recurso. Contudo, referiu que está satisfeito com o trabalho realizado, bem como com o resultado obtido para seu cliente. O nome do dono do bar e dos adolescentes envolvidos foram mantidos em sigilo pelas autoridades.
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