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RELIGIOSIDADE

“Temos que ser a igreja do diálogo”, diz Dom Leomar

Foto: Rafaelly Machado

A cerimônia de ordenação episcopal e posse do monsenhor Itacir Brassiani como novo bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul lotou a Catedral São João Batista na tarde desse domingo, 29. A celebração foi presidida por dom Leomar Brustolin, arcebispo de Santa Maria, e contou com a presença dos co-ordenantes dom Aloísio Dilli, bispo emérito de Santa Cruz do Sul, e dom Guilherme Antônio Werlang, bispo da Diocese de Lages, em Santa Catarina. A igreja recebeu diversas caravanas de fiéis vindos das 51 paróquias da região e até de outros estados.

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A grande movimentação levou a Catedral a receber um dos maiores públicos da história. Todos os assentos estavam ocupados, bem como os corredores, laterais, fundos, mezanino e a frente do altar. Pontualmente às 15 horas, diáconos, padres e bispos de diferentes dioceses e arquidioceses entraram no templo e ocuparam seus lugares no altar, de onde acompanharam e participaram do rito religioso.

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O então monsenhor Itacir Brassiani foi ordenado bispo de Santa Cruz do Sul pelo arcebispo de Santa Maria, dom Leomar Brustolin

A ordenação episcopal do monsenhor Itacir Brassiani começou com a leitura do mandato apostólico enviado pelo Papa Francisco, bem como a nomeação de Roma. “Neste momento se nomeia o novo bispo de Santa Cruz, e isso não é só uma ação canônica burocrática, não é um papel, é um processo que vem pela inspiração do Espírito Santo”, disse dom Leomar Brustolin enquanto conduzia a cerimônia. Ele agradeceu ainda a dom Aloísio Dilli pelos oito anos dedicados à diocese e pelo trabalho executado com excelência em tudo o que se propôs.

Dom Leomar ressaltou os tempos difíceis pelos quais a sociedade passa e as complexidades que estão por vir no futuro. “Temos que ser a Igreja do diálogo. Estamos desaprendendo a dialogar e achando que quem não pensa como nós não pode nem se aproximar.” Uma das funções de Brassiani enquanto bispo, afirmou, será ouvir e promover a participação de todos nas atividades religiosas. Lembrou ainda que o Rio Grande do Sul é o Estado com a maior taxa proporcional de suicídios do País, um claro sinal de que a sociedade não está bem e precisa de amparo.

Prosseguiu então a ordenação com a imposição das mãos por todos os bispos presentes, a unção com óleo, a entrega do livro dos evangelhos e o recebimento das insígnias episcopais: o anel, que simboliza a fidelidade e a união entre o bispo e o povo; a mitra, um chapéu alto e pontudo que simboliza a autoridade espiritual; o báculo, espécie de cajado que representa o bispo como pastor espiritual; e a cruz peitoral, sinal visível de sua fé e responsabilidade como sucessor dos apóstolos.

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Por fim, dom Itacir Brassiani, já como bispo da Diocese de Santa Cruz, assumiu a presidência da celebração eucarística e conduziu os trabalhos até o encerramento. Depois da comunhão, abençoou a congregação pela primeira vez.

Fiéis de várias cidades e regiões lotaram a Catedral São João Batista para a cerimônia

Familiares e fiéis vieram de longe para a posse

Entre os que vieram de longe para acompanhar a cerimônia estava a mãe do novo bispo, Gema Brassiani, que veio de Blumenau, em Santa Catarina, para acompanhar a ordenação e posse de Itacir. “Para mim é muito gratificante. Digo para as mães que rezem, pois não tem coisa melhor que ter um filho bispo.”

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Gema Brassiani acompanhou de perto

Ela afirma que sempre rezou para que o filho conseguisse ser bispo e agora vai manter as orações para que consiga ser um bom pastor. Também vieram do estado vizinho os irmãos Ivanildo e Isete, entre outros familiares.

Esteve presente ainda o padre Fernando Ibáñez, vice-Superior Provincial da Congregação dos Missionários da Sagrada Família na América Latina e substituto de dom Itacir Brassiani no comando da instituição. Segundo ele, Brassiani é o sétimo integrante a chegar à condição de bispo. “Para nós, é um presente de Deus e do Papa Francisco dirigir a um de nossos irmãos que possa ser o pastor de uma diocese aqui no Brasil.” Acrescentou não ter dúvida da competência de Itacir e de que ele fará um grande trabalho à frente da Diocese de Santa Cruz do Sul.

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Quem também veio de longe foi Ceres Juliana Kuhn, 52 anos. Chanceler da Diocese de Santo Ângelo, na Região das Missões, ela e outras 50 pessoas viajaram mais de oito horas de ônibus para ver de perto a celebração.

Ceres viajou oito horas até Santa Cruz
Báculo de dom Itacir foi feito com a madeira de uma capela destruída pela enchente

“Viemos porque conhecemos o padre Itacir durante suas passagens pela nossa Diocese e também para acompanhar dom Liro Meurer, nosso bispo, que fez questão de estar presente.” Ela acompanhou pela primeira vez uma ordenação episcopal e por isso, afirmou, estava muito ansiosa.

O padre Rodrigo Hillesheim, pároco da Catedral São João Batista, revelou um detalhe interessante e que diz muito sobre a personalidade de dom Itacir Brassiani. O báculo (cajado) do novo bispo foi feito com a madeira de uma capela localizada em Arroio do Meio, no Vale do Taquari, e que foi atingida pelas enchentes de maio deste ano. “Isso é uma forma de dizer que o bispo está próximo daqueles que sofrem e de todas as pessoas, como um pastor que conhece as suas ovelhas.”

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