Pelo segundo mês consecutivo, fazer as compras de alimentos, itens de higiene e produtos de limpeza requer mais dinheiro. Na comparação com o mês de junho, o conjunto de produtos da cesta básica subiu 3,73%. Em valores, o reajuste foi de R$ 6,08, puxado especialmente pela alta no preço do leite e derivados.
O levantamento mensal feito pela Gazeta do Sul, com base na referência da cesta básica elaborada pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), aponta que a maioria dos produtos pesquisados subiu em julho. A pesquisa feita junto a cinco lojas de redes de supermercados instaladas no município revela que 13 dos 24 produtos verificados sofreram reajuste.
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As maiores altas ocorreram nos preços do queijo, presunto e leite UHT. O quilo do queijo tipo muçarela, que na média do mês de junho era vendido a R$ 30,08, passou ao preço médio de R$ 34,33, reajuste de 14,1%. Já o preço do litro do leite UHT – longa-vida – sofreu uma alta de 9,5%, sendo vendido, na versão integral, em média a R$ 3,69 a caixa de um litro.
O engenheiro agrônomo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Kaliton Prestes, explica que o preço do leite pago ao produtor teve uma recuperação nos últimos dois meses. “Fatores como a entressafra, onde a oferta do produto é menor, e a queda na temperatura, quando o consumo de produtos lácteos tradicionalmente aumenta, criaram condições para essa elevação dos preços”, salientou.
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Segundo ele, um dos motivos para o aumento no preço do leite e derivados está na recuperação do prejuízo causado pela estiagem e pela pandemia do novo coronavírus, registrados no primeiro semestre.
No setor de higiene e limpeza, as maiores contribuições para a alta de preços ocorreram com o xampu e o creme dental (veja tabela abaixo). O detergente líquido e o sabão em pó também ajudaram a elevar o custo de vida no município. Do conjunto de produtos, a alta mais significativa foi do sabão em pó, com uma elevação de 6% na comparação com o mês de junho.
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