Cerca de cem pessoas se reuniram nessa sexta-feira, às margens da RSC-471, em Encruzilhada do Sul, para protestar contra as más condições da rodovia. A manifestação, que durou todo o dia próximo ao posto de combustíveis Nevoeiro, foi marcada pela reivindicação de melhorias na trafegabilidade, na sinalização da pista e no acostamento do trecho que liga Pantano Grande e Encruzilhada até Canguçu, na BR-392.

Os participantes, entre motoristas e moradores, destacaram os riscos diários enfrentados no corredor da exportação, que se encontra em situação precária. “Qualquer pessoa que passar por aqui vai ver a situação da rodovia. É uma sorte conseguir se deslocar sem furar um pneu, mas o que preocupa são os acidentes fatais que vêm acontecendo. Temos que escolher em qual buraco vamos cair. É um desleixo essa estrada”, afirmou uma das representantes do grupo e motorista Ana Cláudia Gomes Jacob, de 33 anos.

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Durante o protesto, assinaturas foram recolhidas para um abaixo-assinado que será encaminhado ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e ao governador Eduardo Leite. A intenção é chamar a atenção das autoridades para a urgência das melhorias solicitadas. “A gente se juntou para ver se conseguimos obter alguma melhoria para a RSC-471”, ressaltou Ana.

O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) esteve presente para controlar o fluxo de veículos, garantindo a segurança dos manifestantes e dos usuários da rodovia. Apesar do trânsito lento em alguns momentos, não houve registro de incidentes. A intenção do grupo era fazer o bloqueio total da RSC-471, mas não foi possível.

A manifestação deve continuar na manhã deste sábado, até o meio-dia, com a expectativa de que mais pessoas se juntem ao movimento. “Não vamos parar até sermos ouvidos. Essa não é a nossa primeira manifestação”, concluiu a motorista.

A Gazeta do Sul entrou em contato com a assessoria de imprensa do Daer, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.

Motoristas querem mais segurança

“Eu utilizo essa rodovia toda semana para o transporte de grãos até o Porto de Rio Grande. Essa estrada está toda esburacada e sempre vejo algum acidente. Meu caminhão apresenta com frequência algum dano, como pneus furados e molas quebradas, além da mercadoria, que acaba estragando. Nós queremos melhorias na rodovia.” João Carlos Lau, 48 anos, caminhoneiro

“A situação está bem complicada. O Daer realiza um tapa-buraco que dura uma semana e cada vez fica pior. Além disso, quando esse serviço é feito, eles tapam apenas os buracos maiores e os pequenos permanecem. Nós passamos quase todo dia por aqui e já conhecemos a rodovia, mas e quem não conhece? É assim que acontecem os acidentes e morrem pessoas. É preciso mais segurança e atenção para essa estrada.” Jeferson Giovane Luz de Vargas, 47 anos, caminhoneiro

“A rodovia nem sempre foi assim. É de alguns anos para cá que ela está com muitos buracos, as chamadas panelas, e sem sinalização adequada. Isso tudo é um risco para quem passa por aqui. Esperamos que com essa mobilização os órgãos competentes se atentem para melhorar a rodovia.” Marcos Goulart, 59 anos, motorista

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