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AUDIOVISUAL

Painel no Festival Santa Cruz de Cinema aborda fomento ao turismo nos municípios

Foto: Rafaelly Machado

Debate no Coworking Cultural evidenciou a importância econômica do setor criativo

Paisagens vistas no cinema e na televisão se tornaram um importante atrativo para turistas no Brasil. Isso porque as produções audiovisuais têm contribuído cada vez mais para divulgar lugares, roteiros e empreendimentos, especialmente em municípios do interior. O potencial econômico do setor foi tema de um painel realizado na tarde dessa quarta-feira, 4, no Coworking Cultural de Santa Cruz do Sul. Intitulada Colaboração entre indústrias criativas: cinema, turismo e cultura, a atividade reuniu representantes dos governos do Estado e federal.

Conforme o supervisor de Audiovisual e Economia Criativa da  Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Christiano Braga, 100 milhões de pessoas viajam ao redor do mundo motivadas pelos filmes e séries que assistem. Nesse contexto, considerou relevante o posicionamento de Santa Cruz no cenário nacional.

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Em sua primeira visita ao município, destacou a movimentação econômica gerada por eventos do setor. “É uma cidade que tem uma identidade muito própria, que tem um charme. E o hotel onde eu estou está simplesmente lotado, demonstrando a força econômica que um evento dessa natureza pode trazer”, disse.

Para Braga, atrações como o Festival Santa Cruz de Cinema são “eventos âncoras” fundamentais para alavancar o turismo audiovisual e, consequentemente, movimentar a economia. Ainda destacou o papel das Film Commission, como a de Santa Cruz, para atrair as produções audiovisuais, transformando os municípios em potenciais locais de filmagens.

O painel integrou as atividades que ocorrem em paralelo à programação do festival. Também participaram o representante da Secretaria de Turismo do Estado, Alaor Oliveira, a diretora da POA Film Commission, Joana Braga, e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Cesar Cechinato.

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Conforme a diretora da Santa Cruz Film Commission, Natália Corrêa, a atividade foi importante para entender o papel da indústria criativa em Santa Cruz. Na sua avaliação, a presença do Polo Audiovisual e da comissão potencializam a economia local, gerando emprego e renda

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o estado com o maior número de comissões, oito no total. E a pasta ligada ao turismo vê no audiovisual uma oportunidade estratégica para o progresso.

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Segundo Oliveira, o Estado já possui exemplos de destinos turísticos consolidados por produções famosas, como O Quatrilho e A Casa das Sete Mulheres. “Toda vez que um filme, série ou propaganda é gravado em uma cidade gaúcha, as nossas paisagens e a nossa cultura são apresentadas para todo o Brasil e até para fora do País”, enfatizou.

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Ficção santa-cruzense e dramas na telona

A segunda noite do Festival de Cinema foi marcada pela presença dos artistas homenageados, Marcos Breda e Virgína Cavendish. A exibição começou com o curta De Volta ao Mesmo Lugar, da Mostra Olhares Daqui. A produção provocou risos ao misturar humor e ficção científica em uma trama envolvendo viagem no tempo.

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A Mostra Nacional iniciou-se com o drama Cida tem Duas Sílabas. A comovente história de uma costureira que não sabe ler mostrou como a educação pode ser libertadora. No momento em que aprende, descobre que foi passada para trás pelo patrão. Ao Sol e à Sombra, curta gaúcho, demonstrou como o cinema tem um caráter pedagógico. No documentário, o público acompanhou estudantes do Ensino Fundamental que produzem um filme sobre futebol.

A emoção tomou conta da plateia com Sereia. Encantado pela figura mitológica, o inocente Lúcio precisa fugir da opressão do pai. O belíssimo e dúbio final foi ovacionado no auditório.

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O cinema gaúcho voltou à tela com o misterioso Noz Pecã. Os olhares ficaram atentos à tela pela trama de suspense, que revelou gradualmente seus segredos, para o espanto da audiência.

O sexto curta da noite, Expresso Parador, chamou a atenção por se passar inteiramente dentro de um ônibus. A acertada escolha em manter a protagonista presa no veículo gerou angústia e demonstrou os transtornos provocados pelo sistema carioca.

Por fim, foi a vez de Morro do Cemitério. O tom melancólico é marcante na jornada de um rapper que tenta sobreviver em um ambiente onde a morte está sempre próxima. Sua persistência, contudo, deixa uma mensagem de esperança em meio à violência.

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Última noite

Esta quinta-feira, 5, é a última noite de exibição dos curtas que integram o 7º Festival Santa Cruz de Cinema. Ela iniciará com a entrega das homenagens aos artistas Marcos Breda e Virgínia Cavendish.  Antes, às 14h30, no Cine Santa Cruz, numa programação paralela, será exibido o filme Delivery. A direção é da atriz Virgínia Cavendish, que estará presente para um debate sobre a obra.

Atores Virgínia Cavendish e Marcos Breda participam de evento especial na última noite de exibições | Foto: Alencar da Rosa

Filmes da noite desta quinta-feira, 5, no Festival Santa Cruz de Cinema

Mostra Olhares Daqui

Madame Bovet (SCS)

O documentário produzido por alunos dos cursos de Comunicação Social da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) relata uma intrigante história que ocorreu em Monte Alverne em 1937. Após um casamento falho, uma família foge da França e busca esconderijo no distrito de Santa Cruz do Sul. Com 21 minutos de duração, a obra conta com depoimento do jornalista da Gazeta do Sul Benno Bernardo Kist, autor do livro Em segredo no Rio Thal, no qual narra essa história.

Mostra Nacional

Circuito (CE)

Nesse curta cearense de suspense, a policial escrivã Niara precisa lidar com um caso negligenciado pelo chefe. Na iminência da aposentadoria, decide bater de frente com as dicotomias de um sistema de segurança à medida que lida com as relações falidas do seu entorno. O filme de Leão Neto e Alan Souza tem chamado a atenção em mostras de cinema Brasil afora, incluindo o Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro.

Todo Romance Termina Assim (SP)

Na animação dirigida por Marco Aurélio Gal, o personagem Enfaixado está prestes a lançar um romance sobre o término no maior evento literário do País, a BasicCon. Contudo, a polícia causa desordem ao censurar livros LGBTQI+. A maior reviravolta, entretanto, é a aparição surpresa de seu ex no evento. O curta tem 12 minutos de duração.

Zagêro (RS)

A produção gaúcha de Victor Di Marco e Marcio Picoli tem uma característica inusitada. Nesse filme, com duração de 15 minutos, todas as cabeças de equipe são pessoas com deficiência. A dupla marcou presença na sexta edição do Festival com o curta Rasgão.

Infantaria (AL)

Premiado no Festival de Berlim de 2023, vencedor de Melhor Filme pelo Júri Oficial, o curta de Laís Santos Araújo tem a seguinte premissa: “Joana quer virar mocinha. Dudu quer o pai. Verbena, que chegou sem ser convidada, esconde o que quer”. A obra de 24 minutos chegou a concorrer a uma vaga ao Oscar.

O Tempo (RS)

Dirigida por Ellen Corrêa, a produção acompanha Rodrigo, um jovem negro que mora com a mãe em um bairro central de Porto Alegre. Em uma noite chuvosa, em meio a uma crise de ansiedade, o personagem faz uma ação que muda todo contexto da relação entre mãe e filho. Com 12 minutos de duração, o filme venceu nas categorias de melhor roteiro e trilha sonora no 20o Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema, durante o 51º Festival de Gramado.

A Noite das Garrafadas (RJ)

“Nove anos após a Independência do Brasil, protestos populares forçam o imperador Dom Pedro I a fugir às pressas do país. Os fantasmas do Brasil Império projetam-se no Brasil de hoje na Rua da Quitanda.”

Esse é o enredo do curta documentário sobre o conflito entre brasileiros e portugueses cujo campo de batalha foram as ruas do Rio de Janeiro, em abril de 1831. Dirigida por Elder Gomes Barbosa, a produção traz um interessante relato histórico do evento – fundamental para a derrocada de Dom Pedro I – enquanto contrasta com cenas atuais do cotidiano carioca. O filme fez sua estreia internacional no 36º Cinélatino – Festival de Cinema Latino-americano de Toulouse, na França.

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