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MÚSICA

Clássicos da música embalam a primeira noite do Santa Cruz Jazz n’ Blues

Foto: Alencar da Rosa

Programação vai até este domingo

A noite de sexta-feira foi marcada pelos primeiros acordes do Santa Cruz Jazz n’ Blues. A segunda edição do evento, realizada junto à Praça da Cultura, abriu a programação com a apresentação do William Bender Quarteto, que tem à frente o acordeonista santa-cruzense William Bender. O músico emocionou-se por representar o município e ser responsável por abrir o evento. Em seu repertório, apresentou estilos variados, do choro ao tango, além de milongas, forró e baião.

Em seguida, os artistas da Kula Jazz, considerado um dos destaques na nova cena do jazz porto-alegrense, subiram ao palco. Além de composições autorais, o grupo ganhou destaque pela releitura dos principais artistas norte-americanos, incluindo Miles Davis e John Coltrane. A noite encerrou-se com a primeira atração internacional, o guitarrista israelense Yuval Ben Lior. Estudante de música, formado em Jazz e composição no MIT de Los Angeles, apresentou um pouco do jazz manouche. O estilo foi criado em Paris na década de 1930, pelo também guitarrista Django Reinhardt, e influenciou vários músicos com seu ritmo pulsante. 

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Em parceria com o contrabaixista Marcelo Müller, Lior tocou clássicos e releituras de composições populares. Radicado no Brasil desde 2001, já tocou com grandes nomes da Música Popular Brasileira (MPB). Durante o final de semana, Santa Cruz do Sul se transformará na New Orleans – cidade norte-americana conhecida por ser berço do jazz e do blues – brasileira. Ao todo, serão oito apresentações ao ar livre gratuitamente. Além da estrutura da praça, há uma área coberta em frente ao palco. Foodtrucks com lanches e bebidas também estão disponíveis.

Área no entorno da Praça da Cultura conta com bares, cervejarias e espaços de lazer

Segundo o curador e realizador Carlos Branco (que trabalhou junto com Luciano Medina), a integração entre artistas locais e internacionais é fundamental para o fomento dos estilos musicais. Espera que, com a oficina de choro – que ocorrerá neste sábado, às 9h30, no Coworking Cultural, junto à Praça da Cultura –, o projeto ocorra ao longo de todo o ano. “É um projeto-piloto que esperamos que fique constantemente ativo e permaneça na cidade. E vamos ter ainda as palestras nas escolas, para formar futuros entusiastas dos gêneros”, destacou. Branco também frisou o papel da iniciativa. “É importante que a população tenha acesso a diferentes estilos e que possa ter mais uma opção de cultura na cidade.”

O festival tem realização de Ministério da Cultura, Secretaria Municipal da Cultura, Branco Produções e Samba Estúdio Design. Conta com patrocínio de Rio Grande Seguros e Previdência, Icatu Seguros e HBier Cervejaria, além de apoio de Charrua Hotel, Portal Gaz, Rádio Gazeta FM 99,7 e Sim Traduções. A primeira edição ocorreu em setembro do ano passado.

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Show de Nei Lisboa encerra programação

Os embalos do jazz e do blues continuam durante o fim de semana com entrada franca. Neste sábado, a música começa a tocar às 19 horas com a apresentação de Laiz Regina. Em seguida, a musicista porto-alegrense Camila Toledo sobe ao palco com o trio do pianista e tecladista Luciano Leães, no show As Vozes Supremas do Blues. Depois, é a vez de Leães com seu quarteto – que conta com o guitarrista gaúcho Solon Fishbone na formação. O pianista e compositor tem uma trajetória notável, com reconhecimento internacional, sendo o primeiro brasileiro a se apresentar no renomado Jazz Museum de New Orleans.

A segunda noite termina com a cantora e compositora norte-americana J.J. Thames, artista que está redefinindo o blues com voz poderosa e presença de palco cativante. Em seu álbum de estreia, lançado em 2014, foi aclamada pela crítica por combinar gospel, jazz, rock e soul, inspirando-se em grandes nomes como Etta James, Aretha Franklin e Tina Turner.

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E no domingo, encerramento do festival, a programação vai começar às 18 horas com a DJ Monique. Ela prepara o público para o show do guitarrista Rafael Sehn e seu power trio de blues rock. No repertório, traz composições próprias e interpretações de Jimi Hendrix, Led Zep-pelin e outros. A segunda atração da noite é Paulinho Fagundes e seu trio. Integrante da tradicional família Fagundes e irmão de Neto Fagundes, iniciou na música nativista e depois aventurou-se no jazz, blues e outros ritmos. Ele irá tocar junto com o baixista Rodrigo Maia e o baterista Rafa Marques. Para marcar o fim do evento, Nei Lisboa retorna a Santa Cruz para celebrar sua longeva carreira de mais de 40 anos. Com 11 discos lançados e vários hits, o músico gaúcho trará um show especial para o festival, com sucessos autorais e releituras de Alberta Hunter, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Eric Clapton e do duo Sonny Terry & Brownie McGhee.

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