Os moradores do Bairro Bom Jesus cobraram providências do município de Santa Cruz do Sul e da Aegea/Corsan, nas obras realizadas pela empresa na construção da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) na comunidade. A cobrança foi feita em audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul nesta quinta-feira, 29, no Plenário Nilton Garibaldi. A autoria foi conjunta, da Comissão de Obras e Serviços Públicos, e conduzida pelo vereador Leonel Garibaldi (Novo), e ainda com a participação do vereador Professor Cléber Pereira (União Brasil).
Foram dois assuntos em voga. A Comissão de Obras e Serviços Públicos, por intermédio do presidente Leonel Garibaldi, vai debater as obras da nova ETA, que está sendo construída no Bairro Bom Jesus, e que estão impactando os moradores das redondezas. Já o vereador Professor Cleber quer discutir o cálculo da tarifa cobrada pelo consumo de água.
Participaram o superintendente Regional da Corsan, João Batista Corin; o secretário Municipal dos Transportes e Mobilidade Urbana, de Santa Cruz do Sul, José Joaquim Dias Barbosa; a secretária do Meio Ambiente, Simone Schneider; o promotor de Defesa Comunitária de Santa Cruz do Sul, Érico Barin; o representante da Defesa Civil de Santa Cruz do Sul, Claiton Luiz Colling; e o presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Cruz do Sul (Agerst), Astor José Grüner.
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Os moradores cobraram da Aegea/Corsan ressarcimento pelos problemas causados nas suas residências, bem como com o impacto do forte trânsito de veículos e máquinas pelas ruas no entorno da obra. Muitas casas sofrem com rachaduras e algumas estão sendo impactadas por terra que está escorrendo da obra – inclusive um muro de entorno não resistiu ao deslizamento de terra.
Segundo eles, as ruas também foram seriamente danificadas com a circulação dos veículos. Inclusive, a movimentação interferiu no dia-a-dia das crianças, que não tem mais segurança para brincar nas ruas, além de ser um risco para os moradores circularem, devido aos buracos nas calçadas e nas vias de entorno.
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O promotor Erico Fernando Barin destacou que pretende reunir material – como vídeos gravados pelos moradores e fotografias -, além de ter acesso aos laudos para ver quais medidas serão tomadas para defender a população. Barin disse que existe a possibilidade do Ministério Público (MP) intervir pedindo a paralisação temporária da obra até que sejam adotadas medidas em prol dos moradores dos entornos.
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O superintendente Regional da Corsan, João Batista Corin, destacou que a obra de construção da ETA no Bairro Bom Jesus está 80% concluída e que a empresa está conversando com os moradores da redondeza sobre o impacto da obra na vizinhança. “Eventuais problemas estão sendo conversados com a comunidade e iremos verificar o que poderá ser feito para minimizar”, destacou.
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A secretária de Meio Ambiente, Simone Schneider, e o presidente da Agência Reguladora de Santa Cruz do Sul (Agerst), Astor Grüner, fizeram uma alteração na agenda da reunião com a Corsan nesta sexta-feira, 30, e colocaram a questão dos impactos da construção da ETA como prioridade.
O vereador Leonel Garibaldi destacou que reunião foi bastante propositiva, em especial, porque houveram encaminhamentos tanto por parte do Ministério Público, como da Agerst e da Prefeitura. “A Corsan também demonstrou abertura para o diálogo com a comunidade, a fim de encontrar uma solução”, destacou. Em relação à questão das diferenças nas cobranças das taxas de água e esgoto, a população deve procurar a própria empresa, bem como a Agerst e o Ministério Público, caso se sinta lesada.
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