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Julho traz alento na geração de novas vagas na região; veja os números

Construção civil conseguiu bom desempenho, proporcionalmente, em todas as regiões | Foto: Marcelo Casal Júnior / Agência Brasil

O Rio Grande do Sul volta a mostrar sinais de recuperação depois dos efeitos dos eventos climáticos de abril e maio, pelo menos no que diz respeito à geração de emprego e renda. Os números apresentados pelo Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) apontam maior número de aberturas de vagas de trabalho formal do que fechamento. Apesar de ter demitido mais do que admitido, Santa Cruz também tem motivos para comemorar: foi o melhor julho desde 2021. Desde que a nova metodologia do levantamento é utilizada, somente 2020 foi superior, com saldo positivo de 62 contratações com carteira assinada.

O setor de serviços santa-cruzense somou 117 contratações, atenuando a queda no saldo, que teve influência da indústria. Em todo o Estado, proporcionalmente, a construção civil puxou o crescimento no mercado de trabalho, com 1,54%. Em números absolutos, os serviços também lideraram, com 2.249 vagas. Na outra ponta da tabela, a agropecuária fechou 156 postos. No total, o Rio Grande do Sul somou 6.690 carteiras assinadas, além dos contratos encerrados.

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Enquanto isso, considerando todo o Brasil, houve uma ampliação no número de empregados formais. Julho de 2024 chegou a 188.021 vagas. São mais de 40 mil sobre o mesmo período do ano passado. Serviços continua como o setor que mais emprega, com 79.167 contratações, em números absolutos. Proporcionalmente, construção é o que mais evolui: 0,67%.

Nos 16 municípios acompanhados mês a mês pela Gazeta do Sul, dez tiveram saldo positivo, entre admissões e demissões. General Câmara, Passo do Sobrado, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Venâncio Aires e Vera Cruz encerraram mais contratos do que abriram. Nos que tiveram as quedas mais expressivas, há relação com as características econômicas e a influência do pós-safra do tabaco, como Vera Cruz, Venâncio Aires e Santa Cruz.

Apesar de ter negativado, Sinimbu, um dos municípios mais atingidos pela calamidade climática no Vale do Rio Pardo, já retorna aos patamares considerados normais para julho. Cinco sinimbuenses foram demitidos no período. Desde 2020, no entanto, apenas em 2022 e 2023 houve registro de saldos positivos, com seis e nove oportunidades de trabalho formal, respectivamente. Em 2021 foram cinco vagas a menos e em 2020, oito negativas, conforme o Caged.

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Santa Cruz continua entre os maiores

Ao analisar-se os números de julho, Santa Cruz não aparece nos dez melhores do Rio Grande do Sul. No entanto, considerando-se os sete meses de 2024, o município segue com bom desempenho. Está na terceira colocação, com 4.170, atrás apenas de Caxias do Sul e Porto Alegre, primeiro e segundo posicionados, respectivamente.

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Os anúncios da chegada de dois grandes empreendimentos na área do comércio varejista, como atacados e hipermercados, em Santa Cruz devem trazer fôlego ao setor, que fechou 88 vagas. Somente um deles, que ocupará o prédio antes utilizado pelo Grupo Carrefour, deve gerar 255 postos de trabalho. O recrutamento começou na semana passada, e houve grande procura entre os candidatos.

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Assim como a sazonalidade da matriz econômica santa-cruzense, que é o tabaco e sua indústria da transformação, outros municípios com características semelhantes ainda aparecem entre os maiores. É o caso de Vacaria, que teve bons desempenhos puxado pela safra de frutas. Venâncio Aires, também do Vale do Rio Pardo, está na quinta colocação, com 1.784 novos postos de trabalho formal.

No ranking dos municípios mais bem posicionados em julho, quatro são da Região Metropolitana de Porto Alegre, dois da Zona Sul, dois do Vale do Rio dos Sinos, um da Serra, que ponteia os sete primeiros meses, e um do Norte do Rio Grande do Sul.

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