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OPERAÇÃO FEUDALISMO

Comissão na Câmara começa a ouvir testemunhas no dia 14

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

A comissão responsável por conduzir o processo de cassação do vereador afastado André Scheibler na Câmara de Santa Cruz do Sul vai dar início na próxima semana à fase de depoimentos de testemunhas. Ao todo, 40 pessoas serão ouvidas.

A Câmara autorizou a abertura do processo de cassação em maio, a partir de uma denúncia de quebra de decoro parlamentar protocolada pelo vereador Gerson Trevisan (PSDB). Alvo da Operação Feudalismo, do Ministério Público, Scheibler foi afastado por força de uma liminar da 1ª Vara Criminal no dia 8 daquele mês. Segundo a investigação, ele se apropriou de R$ 345 mil entre 2009 e 2018 em parcelas de salários de dois assessores e manteve dois assessores que mantinham atividades privadas no horário em que deveriam atuar pela Câmara. Outra parte da acusação envolve a denúncia feita pela Gazeta do Sul, em outubro do ano passado, de que veículos e materiais da Secretaria Municipal de Habitação foram utilizados em uma obra privada em um terreno no Bairro João Alves que pertence a familiares de Scheibler.

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Os depoimentos vão começar na terça-feira e seguirão nos dias 15, 16, 17, 21, 22 e 23, sempre pela manhã. Dos 40 depoentes, 25 foram indicados pela defesa de Scheibler. De acordo com o presidente da comissão, Alberto Heck (PT), a decisão foi por não limitar o número de testemunhas arroladas pela defesa para evitar acusações de cerceamento.

Entre os que vão prestar depoimento estão as duas pessoas que confirmaram o esquema de “rachadinha” no gabinete de Scheibler e os dois servidores acusados de serem “assessores-fantasmas”. A secretária municipal de Habitação, Aretusa Scheibler, que é esposa do vereador, bem como um filho e uma nora do parlamentar, também vão depor. Scheibler será o último a falar.

A ideia da comissão é de que os depoimentos ocorram no plenário, porém sem acesso do público, somente da imprensa. No entanto, se surgirem novas restrições de contato social até a semana que vem, as audiências poderão ser realizadas por videoconferência, também com acesso permitido à imprensa, a exemplo do que ocorreu nos processos de cassação dos ex-vereadores Alceu Crestani (PSD) e Elo Schneiders (PSD).

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Conforme Heck, após a conclusão dos depoimentos, a previsão é de que em no máximo uma semana a comissão apresente o relatório final. A palavra final sobre o futuro de Scheibler será do plenário, o que deve acontecer no início de agosto.

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As principais testemunhas

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Mario Kistenmacher
Quem é: assessor na Câmara desde 2013. Afirmou ao Ministério Público que, durante cerca de cinco anos, repassou parcelas de seu salário a Scheibler.

Douglas Helfer
Quem é: ex-assessor de Scheibler na Câmara. Afirmou ao Ministério Público que, durante seis anos, repassou parcelas de seu salário a Scheibler.

João Cassepp
Quem é: vereador pelo PSDB. Afirmou ao Ministério Público que assessores de Scheibler pouco compareciam à Câmara e que tinha conhecimento do esquema de rachadinha instalado no gabinete dele.

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Luiz de Oliveira
Quem é: ex-assessor de Scheibler na Câmara. É acusado pelo MP de ter sido “assessor-fantasma”. Interceptações telefônicas apontaram que ele passava a maior parte do tempo envolvido com o cultivo de tabaco e na sua propriedade em Linha João Alves.

Éder Joel Schmidt
Quem é: ex-assessor de Scheibler na Câmara. É acusado pelo MP de ter sido “assessor-fantasma”. Interceptações telefônicas apontaram que ele atuava em uma padaria em Venâncio Aires e em uma loja de peças e acessórios para veículos em Linha Saraiva.

Aretusa Scheibler
Quem é: secretária municipal de Habitação e esposa de Scheibler. Segundo o MP, autorizou que cargas de terra da Prefeitura fossem entregues a uma obra particular em um terreno que pertence ao filho de Scheibler, em João Alves.

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Marcelo André Scheibler e Débora Reichert de Oliveira
Quem são: filho e nora de Scheibler. São os proprietários do terreno onde foram despejadas cargas de terra da Prefeitura em outubro.

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