Foi neste domingo, 11, o dia dedicado aos pais. Lemos e vimos histórias comoventes, mensagens inspiradoras, até nos achamos – nós, pais – importantes. Por um dia fomos catapultados ao topo das atenções. E talvez ouvimos coisas que nem sabíamos sobre nós mesmos e outras de que nem somos merecedores.
De qualquer forma, é um afago que faz bem ao coração. Encoraja a enfrentar a dureza de uma nova jornada de trabalho, a dar conta de tantos compromissos ou a rever questões que sequer julgávamos importantes, mas que caíram sutilmente no nosso colo. Talvez disfarçadas em forma de presente ou de um abraço, um beijo, uma mensagem muito mais amável que as habituais.
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Dentre tantas histórias, relatos e depoimentos, me comoveu particularmente a entrevista do pai do Augusto Akio, atleta curitibano do Skate Park que conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris. Ele falou do seu orgulho pelo troféu, claro, do quanto o Japinha – como é conhecido o agora medalhista – batalhou para chegar ao pódio, e foi iluminado ao se dizer grato ao filho pelo ser humano que é: um atleta vitorioso, sim, mas acima de tudo um jovem que preza por seus valores, que honra princípios que aprendeu em casa e que levou para a vida.
É a consagração de um pai. Não precisa ser em pódio olímpico em Paris. Podem ser os primeiros passinhos, as amizades que vão se formando, o primeiro emprego, a conquista do diploma, a carreira planejada ou nem tanto, o empreendimento ousado, a construção de uma nova família, tantas formas. Ver os filhos crescendo e se encaminhando para sua realização pessoal e profissional é a maior generosidade que a vida pode proporcionar a um pai.
Até porque este processo não é consequência de uma equação matemática em que a soma de alguns fatores (família, estudo, formação, condições financeiras, oportunidades) invariavelmente produz o mesmo resultado. Cada ser humano é pessoalíssimo e único. E as mesmas palavras, os mesmos exemplos e orientações reverberam de forma diferente para a formação e para as escolhas que cada um vier a fazer.
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E quando a combinação de tantas variáveis resulta em sucesso e felicidade dos filhos, são os pais que, mais do que ninguém, processam a vitória em atitude de profunda gratidão.
Permitam que, parafraseando o pai do nosso medalhista olímpico, eu expresse aqui o que sinto e devo dizer repetidamente: obrigado Fernando, Anna e César, meus filhos, meu orgulho!
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Gratidão por estarem levando para a vida valores que sempre pautaram nosso convívio em casa. Respeito, empatia, honradez – princípios que seu Alfonso, meu saudoso pai, me ensinou – são desafios postos à prova todos os dias. Mas também são a forma mais segura de garantir um lugar no pódio da vida.
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