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Patrono da Feira do Livro de Rio Pardo, Carpinejar faz reflexão sobre ansiedade e amor

Patrono da Feira do Livro de Rio Pardo, Carpinejar faz reflexão sobre ansiedade e amor

Palestra do escritor e cronista Fabrício Carpinejar praticamente lotou o Clube Literário de Rio Pardo, especialmente com professores

Com atividades que têm como público-alvo as escolas municipais e o público em geral, a 34ª Feira do Livro de Rio Pardo se encerrou neste sábado, 3. A abertura, na noite de quarta-feira, 31, reuniu grande público no Clube Literário e Recreativo, especialmente professores, com a palestra do patrono, o escritor, poeta e jornalista Fabrício Carpinejar, que tratou sobre o tema “Transformação pela Ternura: que ninguém seja invisível ao seu lado”.

Com 51 livros publicados e mais de 20 prêmios literários, entre eles o Prêmio Jabuti (duas vezes), Fabrício Carpinejar é um dos escritores contemporâneos mais reconhecidos do Brasil. As suas obras transitam entre diversos gêneros, como poesia, crônicas, infantojuvenis e reportagens.

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Em entrevista coletiva na noite de terça-feira, 30, ele destacou que a ansiedade é o grande mal da sociedade humana atualmente. “Por ansiedade você quer ter o controle sobre o futuro, não estando presente, você não curte o momento, não aproveita o momento, não festeja a presença. Os ansiosos sempre estão um passo além, sempre estão sofrendo, nunca vejo um ansioso feliz”, ressaltou.

Observou que a ansiedade pode fazer a pessoa entrar num relacionamento errado, pois, ao invés de namorar, aproveitar as etapas de aproximação, logo vai morar junto. “Logo casa, de repente está dividindo a vida com alguém que não conhece suficientemente. Não é que a pessoa mudou e você se separa dela porque se tornou uma estranha. A pessoa sempre foi estranha, você não se deu tempo para conhecê-la.”

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Ainda observou que as pessoas hoje não têm mais paciência para educar os seus filhos. “Por exemplo, para a criança poder aprender a andar, você precisa ter paciência de estar por perto. Se não, ela só vai engatinhar. Para aprender a comer, tem que ter paciência de dar colher por colher e sujar toda a casa. Você prefere dar na boca para sair mais rápido. E a criança não se desenvolve”, frisou.

Conforme Carpinejar, assim como existe parto por cesáreas, o que mais há hoje é a educação cesariana. As pessoas vivem na pressão e isso deixa a criança preguiçosa. “Para uma criança se desenvolver na plenitude, você deve contar com a bagunça, o tombo. Você vai levar uma hora até a criança comer, mas você só tem 15 minutos de intervalo. Você não organiza a sua vida para receber alguém. E vira um desastre. A pessoa vai para a escola não se sentindo amada.”

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Ao falar sobre a inspiração para tratar de relações e relacionamentos, assuntos que aborda em muitas de suas obras, Carpinejar observou que as pessoas entendem o amor como uma atração irresistível, uma química explosiva, quando na realidade deve ser a mais longa e profunda amizade com alguém. “É conhecer alguém a fundo e este alguém vai fazer você se conhecer a fundo, é ter paz, sossego, não é viver na desconfiança, no ciúme.”

*Colaboração de Daniel Corrêa, da Rádio Rio Pardo FM 103,5

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