Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

CONTRAPONTO

Democracia relativa

Caso Maduro–Venezuela. Simplesmente, trata-se da “democracia relativa”, de acordo com a teoria do mestre Lula III. Que, aliás, orientara Maduro acerca de necessária construção de narrativas próprias e oportunas.

As atas da eleição venezuelana. A pretexto de esclarecimentos acerca do processo e resultado, Celso Amorim, assessor especial da Presidência, porém ativo e informal ministro de Relações Exteriores do Brasil, deselegantemente ofuscando o titular da pasta, quer ver as atas.

LEA TAMBÉM: A Era da Ignorância

Publicidade

Ora, é muita ingenuidade supor que as atas da eleição venezuelana não estejam adequadas às narrativas e aos resultados anunciados. Em resumo, quem está surpreso com o atual cenário e desfecho venezuelano?

Se Lula e seus ministros opinassem somente acerca de assuntos nacionais não precisariam, como agora, construir uma narrativa “para livrar a cara”, haja vista o histórico comprometimento com os demagogos Chaves e Maduro.

Não foi a primeira vez que deram pitacos em assuntos nacionais alheios. Lula em especial. Lembram? Caso Biden x Trump, guerra da Ucrânia x Rússia, eleição argentina (vitória de Milei), conflito Israel x Palestina, etc. Foram intervenções inadequadas e intempestivas, e que resultam em prejuízos diplomáticos (e comerciais) para o Brasil.

Publicidade

Para encerrar com as intromissões (e minimizar os danos políticos), Celso Amorim poderia explicar aos colegas um conceito importante, um princípio do direito internacional, qual seja: a autodeterminação dos povos.

LEIA TAMBÉM: Distopia

Princípio que garante ao povo de um país o direito de realizar suas escolhas sem intervenção externa e exercer soberanamente o direito de determinar seu próprio estatuto e destino político-social. É um princípio essencial para promover relações amistosas entre as nações e reforçar a paz universal (leia mais em Wikipedia).

Publicidade

Relembrando. Quando da última visita do “companheiro e democrata” venezuelano Nicolás Maduro, o presidente Lula afirmou e “ensinou” literalmente o seguinte: “Eu, se tivesse que vencer uma batalha, preciso construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo.” Então, qual a surpresa?

Nesse desafinado concerto de falas e práticas políticas, jurídicas e comportamentais impróprias e deploráveis, revezam-se os líderes institucionais. Todavia, objetivamente, quem perde são os “manés”.

Concluindo, maliciosamente prevalecerá um argumento do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844–1900), quando disse que “os fatos não existem, mas, sim, a interpretação dos fatos”.
Aliás, tanto na Venezuela quanto no Brasil!

Publicidade

LEIA MAIS TEXTOS DE ASTOR WARTCHOW

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.