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INVESTIGAÇÃO

“Não sabia que era droga”, diz advogado de homem preso com 87 quilos de maconha

Tijoloas de maconha apreendidos na ação

Ex-morador de Santa Cruz do Sul, Guilherme Leichteveis, de 24 anos, foi preso em flagrante na noite de terça-feira, 16, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no quilômetro 426 da BR-386, em Montenegro. Dentro de um Ford Focus com placas de Gravataí, em que ele e uma namorada de 23 anos estavam, foram encontrados dezenas de tabletes de maconha. A abordagem foi realizada por volta das 22h20.

Os policiais rodoviários federais realizavam uma ação de combate ao crime quando abordaram o veículo que tinha película muito escura, o que impossibilitava enxergar quem eram os passageiros. Ao abrirem a janela do automóvel, os agentes sentiram um forte odor de maconha. Em revista, foram localizados cinco volumes grandes do entorpecente, sendo dois no banco traseiro e três no porta-malas.

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Em buscas pela rodovia, foram encontrados diversos outros tabletes idênticos aos que eram transportados no veículo, mas que foram dispensados pelo preso antes da aproximação dos policiais. Ao todo, foram apreendidos 87 quilos da droga. Representante de Guilherme, o advogado criminalista Felipe Haas relatou à reportagem do Portal Gaz que seu cliente recebeu R$ 1,8 mil para fazer um transporte de Lajeado para Campo Bom.

“Ele não sabia que era droga. Foi contratado para fazer uma entrega, mas não tinha conhecimento do que se tratava, nem manuseou ou abriu as caixas. Acabou sendo um caso de ‘mula’”, comentou o advogado, referindo-se ao termo designado para o indivíduo que, conscientemente ou não, transporta drogas para um traficante. Tanto Guilherme como a namorada foram levados ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), de Porto Alegre.

Audiência de custódia

Guilherme Leichteveis morou em Santa Cruz do Sul anos atrás, quando pretendia estudar na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), porém acabou não conseguindo iniciar o curso e terminou retornando para sua cidade, Campo Bom. Ele, que era motorista no caso em Montenegro, não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Vai responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico, assim como sua namorada.

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O inquérito do caso está sendo conduzido pela 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro. Conforme Felipe Haas, a defesa irá busca comprovar que tanto Guilherme como sua namorada não tinham conhecimento sobre os itens ilícitos levados no carro. Uma audiência de custódia foi realizada nesta quinta-feira, 18. A mulher foi liberada. Já Guilherme permenecerá preso.

“Estamos analisando ainda outras questões, entre elas como se deu o flagrante, pra saber o que motivou a polícia a efetivar a abordagem, se havia investigação prévia, se foi denúncia anônima ou alguma outra coisa. Também o procedimento contra o meu cliente foi realizado sem a minha presença, que é algo que vamos levantar na esfera judicial”, finalizou o criminalista Felipe Haas.

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