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por estelionato

Entenda o que levou a Polícia a prender o influenciador Nego Di

Crédito: Reprodução/Instagram

O humorista Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, foi preso por estelionato neste domingo, 14, na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. Ele está em deslocamento para o Rio Grande do Sul e deve chegar por volta das 23h30, momento em que vai ser conduzido à Penitenciária Estadual de Canoas (PECAN). No final da tarde, a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa para divulgar detalhes do crime que o influenciador deve cumprir prisão preventiva.

Além dele, Anderson Boneti, seu sócio, também teve mandado de prisão preventiva emitido pela justiça. Ele segue sendo procurado. A Polícia também destacou que não encontrou relação da influenciadora Gabriela Sousa com o caso.

LEIA MAIS: VÍDEO: Polícia Civil divulga momento da prisão de Nego Di

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A prática iniciou em 2022, quando Nego Di utilizou de suas redes sociais para divulgar a loja virtual “Tadizueira”. Em suas postagens, vendia itens domésticos e eletrônicos com preço abaixo de mercado. Por ser uma personalidade pública, as pessoas, principalmente mais humildes segundo a Polícia, viram nas publicações uma oportunidade de obter mercadorias de forma acessível.

A Polícia também destacou uma particularidade do crime que contribuiu para que mais seguidores virassem vítimas: o prazo de entrega dos itens de 50 dias, acima do habitual. “O prazo já era plano de Anderson [sócio de Nego Di] para mais pessoas comprarem até o início das reclamações”, diz o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, Marco Antonio Arruda Guns.

Passado o prazo, em meados de maio de 2022, as vítimas – que não se limitam ao Rio Grande do Sul – buscaram delegacias para relatar o não recebimento dos produtos. A de Canoas, na qual o delegado Guns é titular, foi uma das mais procuradas. Por outro lado, o influenciador utilizava de suas redes sociais para relatar que também era enganado pela loja e que não tinha ciência dos golpes.

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Mas, algumas evidências fizeram a Polícia concluir que ele estava envolvido. Entre elas, a quebra de sigilo bancário da conta pessoal de Nego Di. Em um período próximo à 45 dias, do final de março até início de maio, mais de R$ 300 mil reais estavam em seu extrato. Ao todo, foram R$ 5 milhões fraudados, 370 vítimas (que se tem conhecimento até agora) e nenhum aparelho entregue.

Além disso, a Polícia Civil também resgatou imagens e vídeos que comprovavam que ele tinha ciência dos fatos e, inclusive, debochava das pessoas que estava lesando. O inquérito foi encerrado em 2023 e encaminhado ao Ministério Público, que liberou a prisão preventiva neste domingo, 14.

Coletiva de imprensa aconteceu neste domingo. | Crédito: Polícia Civil

Em nota, os advogados de Dilson Alves, Hermani Fortini, Jeferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Dalapicula escreveram que estão tomando as medidas legais cabíveis. “Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário”.

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Influência pelas redes sociais

A Polícia Civil comentou sobre o uso das redes sociais por Nego Di para expandir a falsa loja, o que contribuiu para o golpe alcançar tantas pessoas. “Sendo a fachada uma pessoa pública, as pessoas acreditaram que a empresa era tão confiável quanto a pessoa que se mostrava dona, realizaram diversas compras”, explica Marco Antonio Arruda Guns.

Ele possuía mais de 12 milhões de seguidores no instagram, que foi desativado devido a decisão judicial proferida pela Justiça de Porto Alegre, devido ao andamento da operação Rifa$, do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Antes de ser preso, Nego Di voltou às redes sociais por outra conta, que nomeava de “temporária”.

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Operação do Ministério Público

A Polícia Civil também deixou claro a distinção entre os fatos contra Nego Di. Na sexta-feira, 12, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, deflagrou a Operação Rifa$.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no litoral catarinense contra um casal de influenciadores digitais gaúchos investigado por lavar cerca de R$ 2 milhões após a promoção de rifas virtuais ilegais e possíveis fraudes nas redes sociais. No momento, a companheira do influenciador, Gabriela Sousa, foi presa.

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