Com foco na garantia de direitos e na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais e demais pessoas da área da saúde se reuniram nessa sexta-feira, 12, para a 1ª Conferência Intermunicipal de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CIGTES). O evento, que ocorreu na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), reuniu 200 participantes de 22 municípios das áreas da 13ª, 16ª e 8ª Coordenadorias Regionais de Saúde. 

O encontro teve debates sobre o tema central – Democracia, trabalho e educação na saúde para o desenvolvimento: gente que faz o SUS acontecer – e três eixos temáticos como democracia e controle social, trabalho digno e educação. A coordenadora da conferência e representante do Conselho Municipal de Saúde de Santa Cruz, Célia Zingler, explicou que esta foi a primeira etapa do trabalho em torno das questões propostas. “As discussões resultarão em um relatório que irá para a conferência estadual”, acrescentou.

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Este relatório será elaborado e sistematizado nos próximos dias. Além de ter como destino a etapa estadual, o documento será encaminhado aos conselhos municipais de saúde.

O secretário municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul, Daniel Cruz, afirmou que a conferência representou um espaço de escuta e que ele precisa ser amplamente democrático. “Temos que ter bem claro que a igualdade precisa ser substituída pela equidade e a escuta é o ponto principal, de todas as partes. É preciso ouvir o paciente e também aquele que cuida. Somos especialistas em cuidar do outro, mas precisamos aprender a cuidar da gente.”

O evento também contou com a escolha das delegações de cada município. As quatro pessoas eleitas participarão da etapa estadual da 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES), que será realizada nos dias 24, 25 e 26 deste mês em Porto Alegre.

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A coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), Mariluci Reis, falou sobre a iniciativa de realizar o evento pela primeira vez na região. Ela se mostrou satisfeita em ver o local da cerimônia repleto de pessoas dispostas a argumentar sobre as temáticas. “Isso é bom, sinal de que mesmo com a calamidade que sofreu o Estado, nós estamos com vontade de discutir e mudar muitas coisas no SUS.”

A teoria na prática

O encontro também proporcionou a troca de conhecimentos. Foi por esse motivo que a acadêmica de Fisioterapia Leonarda Krummenauer, 20 anos, e a acadêmica de Medicina Milena da Silva, 29, participaram da conferência. Ambas são bolsistas do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde).

Segundo Milena, ela e Leonarda decidiram participar para terem uma experiência prática do trabalho em saúde coletiva. “É um complemento do que estamos estudando, para obtermos mais aprendizados”, relatou. As alunas da Unisc também aguardavam ansiosas pelos debates. “Esperamos ter um maior entendimento sobre os temas por meio das discussões”, contou Leonarda.

*Colaborou John Kaercher Machado

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