Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

INICIATIVA

De forma voluntária, morador de Santa Cruz restaura instrumentos após a enchente

Foto: Rafaelly Machado

Drury’s Pedroso conserta guitarras, baixos e violões como o da foto, que foi danificado pela enchente que atingiu Cruzeiro do Sul

Aos 53 anos, Drury’s Pedroso é um dos nomes mais conhecidos do cenário musical de Santa Cruz do Sul e região. Além das apresentações nos palcos, ele se destaca na restauração de violões, guitarras e outros tantos instrumentos. Com as enchentes, decidiu ajudar os colegas de profissão que foram afetados. “Para quem perdeu tudo com a enchente, estou realizando restaurações de forma voluntária”, afirma, destacando a importância de preservar não apenas os objetos, mas também as histórias e memórias que eles carregam.

LEIA TAMBÉM: Secretaria de Cultura lança editais de premiação da Lei Paulo Gustavo

Desde a tragédia, o luthier que mora em Santa Cruz do Sul tem recebido uma quantidade significativa de peças para reparo. Muitas vêm de cidades como Canoas e Porto Alegre, umas das regiões mais afetadas. “Deixo todos secarem naturalmente, pois sei que o uso de secadores ou exposição ao sol pode danificá-los ainda mais”, explica. A solidariedade é algo que acompanha a vida de Drury’s, que cresceu em uma família dedicada a apoiar os outros. “Há anos ajudo músicos de Santa Cruz, e agora estou expandindo isso para outras regiões.”

Publicidade

Até o momento, cerca de 20 instrumentos foram restaurados, provenientes de cidades da região como Santa Cruz (Bairro Várzea e Rio Pardinho), Candelária, Agudo, Sinimbu e Cachoeira do Sul, além de itens de igrejas locais que foram danificados durante a inundação. Em meio ao serviço, o profissional fala dos desafios enfrentados durante o processo de restauração, como quando recebeu um violão muito danificado que, inicialmente, parecia irreparável. “Muitos instrumentos chegaram completamente encharcados, cobertos de lama e até quebrados.”

O luthier não tem um prazo definido para completar o trabalho voluntário. Ele conta com a ajuda de um funcionário para realizar as restaurações à noite e nos fins de semana. “Durante a semana, tenho outras obrigações, mas dedico meu tempo livre para essa causa”, afirma. Recentemente, teve a oportunidade de restaurar instrumentos de renomadas bandas locais, como Clave de Prata e Tchê Guri. De bandas e músicos que têm condições financeiras, o trabalho é cobrado. “O valor recebido pelo serviço pago é reinvestido no conserto dos instrumentos que estão sendo restaurados voluntariamente.”

LEIA MAIS SOBRE CULTURA E LAZER

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.