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SANTA CRUZ E RIO PARDO

Operação contra quadrilha suspeita de falsificação de defensivos agrícolas cumpre mandados na região

Ao todo, 34 mandados de busca e apreensão foram cumpridos

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira, 4, a Operação Saraquá, com objetivo o enfrentamento aos crimes de furto, receptação e falsificação de defensivos agrícolas, estelionato, além de fraudes de documentos públicos. Durante a ação, uma pessoa foi presa em Alegrete. Três armas de fogo, munições, celulares, agrotóxicos e 17,8 mil litros de fertilizantes foram apreendidos. Além disso, constatou-se que uma empresa operava irregularmente desde 2018.

Ao todo, 34 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Porto Alegre, Passo Fundo, São Borja, São Pedro do Sul, Taquari, Santo Ângelo, Palmeiras das Missões, Santa Bárbara do Sul, Salto do Jacuí, Boa Vista do Incra, Rio Pardo, Cruz Alta, Ibirubá, Boa Vista do Cadeado, Panambi, São Sepé, Agudo, Alegrete, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, além de Bandeirantes, Mato Grosso do Sul, e Jataí, em Goiás.

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A ofensiva visa desarticular organização criminosa que atua em várias regiões do Estado. Mais de trinta pessoas e duas empresas são investigadas por crimes rurais. As investigações tiveram início em abril de 2023, após a DECRAB/Bagé identificar os autores de dois furtos de defensivos agrícolas em Dom Pedrito. Na sequência, outros furtos em Santana do Livramento, Alegrete, Rosário do Sul e São Gabriel foram elucidados.

Também foram identificadas duas empresas que atuam no ramo de venda de defensivos agrícolas e fertilizantes em Porto Alegre, Passo Fundo e Taquari. Conforme as investigações, as empresas são suspeitas de, além da receptação de produtos agrícolas furtados, atuarem na falsificação de insumos agrícolas.

Para justificar seus estoques de produtos falsos ou furtados, as empresas fraudavam compras de defensivos agrícolas de pessoas que integram o esquema e que possuem talão de produtor. As notas eram emitidas como se fossem vendas de produtores rurais para empresa com CNPJ, o que é ilegal. As vendas desses defensivos superam um milhão e cem mil litros, o que leva a uma estimativa financeira superior a R$ 100 milhões.

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Conforme o Delegado André de Matos Mendes, da DECRAB/Bagé, responsável pelas investigações, com as diligências realizadas o conteúdo probatório do inquérito policial que apura os fatos ficará bem mais robusto. 

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