Relembramos nesta segunda-feira, 10, um pouco da trajetória do santa-cruzense Jorge Rugard Neumann, piloto e instrutor de voo a vela (planadores). Aficionado por aviação, foi um dos nomes mais conceituados nessa modalidade esportiva.
Filho de Rugard, o médico e piloto Jorge Milton Neumann reuniu os ensinamentos deixados pelo pai no Manual de Voo a Vela. Ele nasceu em Santa Cruz, em 1924, e aos oito anos teve seu primeiro contato com a aviação. Durante o batismo do Junkers F13 da Varig, que recebeu o nome da nossa cidade, decidiu que a aviação seria seu propósito de vida.
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A partir daí, acompanhou os passos dos jovens conterrâneos Ottmar Reichert, Willy Stahl, João Carlos Kolberg, Hugo Reichert, Rodolfo Stahl e Lauro Holtz, que também sonhavam em voar. Em 1934, com base em fotos de revistas e usando madeiras e sucatas, construíram um aeroplano artesanal em Santa Cruz.
Utilizando tiras de borracha, em uma espécie de estilingue gigante, eles tentaram – sem sucesso – impulsionar o planador. Depois, com a ajuda de um Ford V8, Ottmar voou por 200 metros. Mas, na descida, o equipamento espatifou-se, como já havia ocorrido outras vezes. Dois meses após, com orientações da Varig Aero Esporte (VAE), foi montado um novo planador (SC-2), que realizou muitos voos sobre a cidade.
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Em 1939, o grupo criou uma associação que se transformou no Aeroclube Santa Cruz. Como sócio, Rugard dedicou-se a estudar o funcionamento do aeroplano e logo fez seu primeiro voo solo, rebocado por um automóvel. Em dezembro de 1941, alistou-se como voluntário na Base Aérea de Canoas, onde fez seu primeiro voo rebocado por um avião.
Desde então, não parou mais. Fiel ao seu sonho de menino, tornou-se um dos principais nomes do voo a vela no Estado. Atuou até meados da década de 1980, formando cerca de 300 pilotos e contabilizando mais de 3 mil horas de voo.
Jorge Rugard Neumann era filho de Arno Neumann e Elizabeth Peschel Neumann (dona Alice). Ele faleceu em 2017, com 93 anos.
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