O raio mais extenso já documentado no planeta, oficializado nesta quinta-feira, 25, foi registrado no Rio Grande do Sul. A descarga ocorreu no dia 31 de outubro de 2018, na metade norte gaúcha e junto à divisa com Santa Catarina. O recorde foi registrado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma das agências da Organização das Nações Unidas. Com isso, o Estado entra para a história meteorológica mundial.
O raio, semelhante a uma aranha, percorreu uma distância horizontal de cerca de 710 quilômetros, estendendo-se da província argentina de Misiones, quase no Paraguai, passou pelo Rio Grande do Sul e foi até o Atlântico. A distância percorrida pela descarga equivale ao percurso entre Porto Alegre e Curitiba.
De acordo com a OMM, uma descarga que ocorreu no dia 4 de março de 2019, sobre a Argentina, teve o recorde de duração excessivamente longa, durando 16,73 segundos. Esse raio também se estendeu por várias centenas de quilômetros, mas não superou o recorde do Rio Grande do Sul.
LEIA TAMBÉM: Chuva antecede queda brusca na temperatura
Geralmente durando um ou dois segundos, a maioria dos raios sai da base de uma tempestade e possui apenas alguns quilômetros de comprimento, embora sejam potencialmente mais extensos se estiverem conectados a uma descarga nuvem-nuvem. De acordo com o professor da Arizona State University e membro do comitê da OMM que certificou os registros, Randy Cerveny, “esses são extremos inacreditáveis.”
Publicidade
Durante anos, o raio foi tratado como um evento local, mas as mais recentes pesquisas revelam que alguns eventos de raios podem ter uma “mesoescala”, atingindo a escala dos complexos de tempestades que ocasionalmente são enormes e que os criam. É possível que uma perturbação no campo desencadeie um raio que distribuirá a carga por enormes setores desse campo na forma de um raio por centenas de quilômetros.
Com informações da MetSul Meteorologia.
LEIA TAMBÉM: Ventania e calor antecedem chuva e temporais no Vale do Rio Pardo
Publicidade