Com o objetivo de discutir ações assertivas para a recuperação e preservação do Rio Pardinho, começou na manhã dessa segunda-feira, 3, a Semana do Meio Ambiente de Santa Cruz do Sul. O lançamento ocorreu na sede da Procuradoria-Geral do Município. O evento é idealizado pelo coletivo Instituto Lixo Zero Brasil, Prefeitura e Associação Comercial e Industrial (ACI).
A programação segue até sábado, 8, com palestras, ações em escolas e empresas e atividades sociais. O tema deste ano, Abrace o Rio Pardinho, ganha ainda mais ênfase para discussão com as recentes cheias que assolaram a região. 


Segundo a embaixadora do Instituto Lixo Zero de Santa Cruz, Débora da Silva, a ideia é debater o meio ambiente e analisar o que está acontecendo ao nosso redor, devido às mudanças climáticas. “Temos que pensar de uma maneira efetiva para talvez tirarmos grandes planos do papel.”

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Um dos pontos altos da programação ocorrerá nesta quarta-feira, 5, quando é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, com a palestra Mudanças climáticas e problemas ambientais urbanos, às 19 horas, no anfiteatro do bloco 18 da Unisc. Já o encerramento das atividades, no sábado, será marcado por ações sociais como o Desafio Solidário – caminhada e corrida –, cujo valor da inscrição será revertido para o Grupo do Bem.

Necessidade de olhar para o futuro

O tema Abrace o Rio Pardinho será discutido um mês após a maior cheia provocada pelo manancial na região. Sua forte correnteza devastou comunidades, inundou bairros e afetou a infraestrutura, como estradas. 


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As mudanças climáticas tendem a se tornar frequentes e, segundo Débora da Silva, é preciso encontrar formas de mitigar ou minimizar os seus efeitos. “O que pensamos daqui para frente é que vamos ter que voltar um pouco para recuperar esses recursos hídricos,” ressaltou a embaixadora.
Ela destacou que devem ser prioridade a ocupação correta do solo, novos núcleos populacionais nos municípios e planos de evacuação.

A secretária de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Simone Schneider, apresentou dados relacionados ao lixo gerado pela subida das águas. Em Santa Cruz, até o momento, chega a 5 mil toneladas o entulho retirado de residências afetadas pela enchente, o que compreende móveis danificados e itens relacionados.


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“Durante essa série de eventos, vamos poder compreender soluções criativas e sustentáveis para um ambiente mais equilibrado para nossa cidade. Que a gente possa efetivamente trazer ações envolvendo as pessoas nesse processo, já que sem elas não teremos um desenvolvimento sustentável e com o entendimento do que precisamos preservar.”

Projetos já em prática

A abertura do evento contou com a apresentação de projetos que já estão sendo implantados no município, como Pagamento por Serviços Ambientais (PSA); ações do Comitê Pardo; práticas da Coomcat em relação aos resíduos recicláveis e a jornada da JTI na redução de gás carbônico e a logística reversa de bitucas. A BAT compartilhou ações de inovação e pioneirismo em sustentabilidade ambiental, e o encerramento da palestra foi com a apresentação de gestão integrada de resíduos.

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O engenheiro ambiental Marcelo Luís Kronbauer, da Universidade de Santa Cruz (Unisc), falou sobre o PSA. Ele ressaltou a importância de se trabalhar os afluentes do Rio Pardinho, e trouxe como exemplo a bacia do Arroio Urubé. Segundo ele, 27 propriedades rurais que ficam nas imediações receberam diagnósticos para o programa de PSA, e cerca de 40 hectares podem ser contratados, para conservação e recuperação. Em relação ao Comitê Pardo, a professora Priscila Mariani, especialista do Centro Socioambiental da Unisc, expôs o trabalho de gestão das águas na bacia.

No primeiro dia da Semana do Meio Ambiente, atividades ocorreram nas Emefs Guilherme Hildebrand (Bairro Progresso) e Menino Deus (Bairro Faxinal Menino Deus). Essa última voltará a ter ações nesta terça-feira, 4, às 14 horas.

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