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MEMÓRIA

Santa-cruzenses arrecadaram doações à Alemanha após a Segunda Guerra Mundial

Foto: Reprodução

Reportagens da Gazeta ajudavam a motivar a população para auxiliar a Alemanha no período pós-guerra

A chegada de toneladas de donativos para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul lembra – em proporções bem menores – as campanhas que foram feitas para auxiliar a Europa após a Segunda Guerra Mundial. Em Santa Cruz do Sul, entidades religiosas ligadas às comunidades Evangélica e Católica trabalharam para ajudar a população da Alemanha.

O subcomitê de Socorro à Europa Faminta (SEF) de Santa Cruz era coordenado pelo pastor Kurt Riemann e existiam diversos voluntários que atuavam na coleta e separação dos donativos. Um desses grupos atuava na residência de Regina e Arthur Müller, na Rua Marechal Floriano, 1.077 (hoje ali fica a Rádio Opa). Com a ajuda de amigas, Regina recebia roupas e cobertores usados. Tudo era lavado e consertado, pois muitas peças eram velhas e rasgadas. Arthur, que tinha sapataria e selaria, restaurava calçados e fabricava chinelos de couro, contando com o auxílio de funcionários.

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Além de agasalhos, o SEF solicitava alimentos não perecíveis, carne enlatada, banha, açúcar, café, farinha e outros. Muitas empresas doavam esses produtos. Inclusive, grande quantidade de balas e chocolates fabricados na cidade foi doada. Em 28 de agosto de 1948, ocorreu um festival artístico no Clube União, com renda destinada ao socorro.

De Santa Cruz (e de outras cidades gaúchas), os donativos seguiam a Porto Alegre, cabendo à Cruz Vermelha o transporte à Europa. As senhoras voluntárias colocavam bilhetes e cartões nos bolsos das roupas, com mensagens de apoio e estímulo às pessoas que fossem receber as peças.

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Alguns anos depois, quando a Alemanha já estava se reerguendo, a família de Max Prietz, uma das que encontraram um bilhete, veio a Santa Cruz para agradecer e dizer como os alemães ficaram sensibilizados com a ajuda. Os Prietz estavam de passagem para Buenos Aires e ficaram por um bom tempo hospedados na casa dos Müller.

Pesquisa: arquivo da Gazeta do Sul

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