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“Ela não quis sair”, conta vizinho de idosa morta na enchente em Rio Pardinho

Foto: Alencar da Rosa

A ansiedade por retomar a normalidade da vida levou comerciante Eduardo Goelzer, morador de Rio Pardinho, de volta a sua casa, na tarde desta quinta-feira, 2. Ele precisou deixar a residência, junto da família e dos cachorros, na manhã da última terça-feira, 30, quando a água do Rio Pardinho invadiu o local. A casa ficou submersa em pelo menos dois metros de água.

Foto: Alencar da Rosa

A evacuação do local foi possível porque, desde o início daquela manhã, moradores de Sinimbu, cidade vizinha devastada pela enchente, alertavam a comunidade de Rio Pardinho dos horrores que estavam presenciando por lá, de modo que a água logo chegaria no distrito santa-cruzense, seguindo o curso do rio. “Fui para o meu emprego, mas lá já estava entrando água, então fomos liberados. Quando cheguei em casa, já tinha água dentro”, relembrou.

Então, começou o movimento de saída das casas. Não só da família de Eduardo, mas de outras dos arredores. Vizinha dele, a idosa que foi encontrada morta afogada dentro de casa em Rio Pardinho se recusou a sair. “Ela e o esposo não quiseram sair, disseram que não seria tão grave”, lamentou. O homem buscou abrigo no forro da casa e foi resgatado no dia seguinte. Melania Neumann, de 79 anos, não conseguiu se salvar.

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Da casa de Eduardo, só foi possível salvar a roupa do corpo. “E sobrou o ar-condicionado, que é mais alto. Lá atrás, tinha criação de codorna, todas morreram dentro da gaiola”, contou. A visita nesta quinta foi uma tentativa de começar a reconstruir a vida, vendo o que sobrou. Por enquanto, vão continuar abrigados na casa de amigos. “Moro aqui desde 1990 e nunca havia vivido nada parecido. Em 2010, que havia sido a maior enchente até então, faltou um tijolo para entrar água na minha casa”, comparou.

Eduardo sabe que o processo de retomar a vida e os pertences não será fácil. “Vamos devagarinho, vendo o que dá para salvar, aceitando doações. Temos que erguer a cabeça”, afirmou.

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