Depois de um longo processo de licitação, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), vinculado à Secretaria de Logística e Transportes, deu início à instalação dos equipamentos de controle de velocidade nas rodovias estaduais. O diretor geral do Daer, Luciano Faustino, ressaltou, em entrevista à Rádio Gazeta, o valor a ser pago para as duas empresas responsáveis pelo monitoramento. “É um investimento significativo que está sendo feito pelo Daer, pela Secretaria de Transportes e pelo Governo do Estado, onde nós teremos dois contratos: um com a empresa Perkons, no valor de R$ 3,8 milhões, e um contrato com a empresa Fiscal Tech, no valor de R$ 1,9 milhão. Então nós teremos ao total 14 rodovias monitoradas, com 93 faixas de tráfego, que contarão com dispositivos controladores de velocidade”, explicou.
Sete estradas gaúchas já recebem a instalação dos equipamentos, conhecidos como pardais, pela empresa Perkons. No total, 68 faixas de tráfego serão monitoradas por 16 câmeras e 16 dispositivos com leitores de placas. As unidades são colocadas nas rodovias ERS-030 (Osório – Tramandaí), ERS-040 (Viamão – Pinhal), ERS-122 (Portão – Caxias do Sul), ERS-239 (Novo Hamburgo – Rolante), ERS-240 (São Leopoldo – Montenegro), ERS-389 (Osório – Torres) e ERS-453 (Venâncio Aires – Tainhas).
Além das faixas abrangidas pelo contrato com a Perkons, a Fiscal Tech deve monitorar outras 25 rodovias, com nove câmeras e nove dispositivos com leitores de placas. Os equipamentos serão instalados na ERS-135 (Passo Fundo – Erechim), ERS-324 (Passo Fundo – Nova Prata), ERS-342 (Ijuí – Cruz Alta), RSC-153 (Passo Fundo – Tio Hugo), RSC-287 (Montenegro – Santa Maria) e ERS-122 (São Vendelino – Farroupilha).
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Os dispositivos com leitores de placas foram destacados por Faustino: “Um diferencial que nós conseguimos inserir nessas licitações são os chamados OCRs [sigla em inglês para “optical character recognition”], que são equipamentos leitores de placas. Esses equipamentos registram a placa de todos os veículos que passam por eles, e permitem fazer um cruzamento desses dados com os dados do sistema de segurança pública do Estado”, disse.
Ressaltou, ainda, que a integração deve permitir melhora na atuação da polícia. “É muito importante essa integração entre os órgãos, que permite que a polícia tenha mais informações para poder subsidiar a atuação. Com os dados desse equipamento é possível constatar veículos com irregularidades e até mesmo veículos furtados.”
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O sistema é mais moderno do que o utilizado até o momento e oferece mais segurança aos usuários. Entre as rodovias contempladas, estão duas conhecidas da Região dos Vales: a ERS-453 e RSC-287. Ambas vão contar com a nova tecnologia.
Com assinatura, há cerca de duas semanas, do contrato com a Perkons e a expectativa em assinar em breve com a Fiscal Tech, os pardais já serão vistos. “Logo, nas próximas semanas já, o pessoal vai ver os equipamentos instalados”, disse Faustino.
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A previsão é de que até julho todos os aparelhos estejam em funcionamento nas 93 faixas de tráfego já estabelecidas. Os pontos que vão receber os dispositivos foram definidos após um estudo realizado pelo Daer, conforme o diretor do órgão.
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“Foram considerados uma série de dados estabelecidos, como, por exemplo, a localização dos postos de Polícia Rodoviária Estadual, para que seja possível uma integração entre a localização do equipamento e o ponto de policiamento, para que seja possível realizar, por exemplo, uma abordagem”, destacou. “Além disso, [foram considerados] dados já comuns nessa situação de controle de velocidade, como índices de volume de tráfego, de acidentes, de acidentes fatais.”
Além destes dados, a rodovia também outros pontos levados em conta: “Características geométricas, por exemplo. Não pode ser em curva, tem que ser em um segmento de reta, com visibilidade ampla, devidamente sinalizado. Todos esses aspectos foram levados em consideração na hora da definição”, explicou o diretor.
Ele salientou ainda que pequenos ajustes dos pontos podem ser realizados para garantir o funcionamento. Os contratos firmados com as empresas são de dois anos, podendo ser prorrogados por igual período. Os pontos exatos de implantação dos novos pardais não são divulgados pelo Daer por questão de segurança.
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