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FORA DE PAUTA

Pelos céus da santinha

Foto: John Kaercher Machado

Santa Cruz do Sul é bela. Arborizada, bem cuidada, de arquitetura charmosa. E agora, vista de cima, posso dizer que é mais encantadora ainda. Que privilégio temos de morar numa cidade tão abençoada pela natureza. Um passeio de balão pelo céu de brigadeiro deste início de sábado, me proporcionou tirar estas conclusões.

O 2° Festival de Balonismo e Manobras Radicais de Santa Cruz agita a cidade desde o último fim de semana e segue até amanhã. Ele te leva pra uma imersão de sentimentos. Voar equivale a renovar as energias, fazer reflexões e, quem sabe, se reestabelecer com a natureza, com o mundo, consigo mesmo… De fato é um misto de sentimentos, que só aqueles que se aventuram podem descrever. 

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Na verdade, é até um pouco difícil expressar o que se sente lá de cima, pelo menos para mim, que desfrutei dessa oportunidade pela primeira vez. Sempre tive muito medo de altura, mas, ao mesmo tempo, me auto desafiar, enfrentar meus medos e topar tudo o que bate na porta, me fez enfrentar esse obstáculo.

O voo partiu de dentro do Parque da Oktoberfest, por volta de 7h, o que te permite contemplar um céu em transição, prestes a pintar um nascer do sol de tirar o fôlego. Afinal de contas, o dia estava impecável, propício para uma voltinha pelas nuvens. Percorremos o caminho que os ventos decidiram, o balão seguiu em direção a zona sul. Com certeza a arborização, o desenhar das ruas e as construções, tão pequenas lá de cima, eram o presente perfeito dessa aventura. 

Durante o trajeto, ainda pudemos apreciar os pássaros saindo de seus ninhos e alçando voo ao nosso lado. Admirar o movimento das asas de cada um deles, sentir a brisa, que é totalmente diferente daquela de quando estamos em terra firme. É um encanto a parte. Ricardo Lima, diretor técnico da Trip Balonismo, e que comandou o voo, conta que a dinâmica consiste em encher de ar frio o envelope (como o balão é chamado) e depois acionar os grandiosos e potentes maçaricos de ar quente, responsável por elevar todo o conjunto.

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Enfim, pousamos. Que alívio! Confesso que existia um medo constante (risos), mas muito grato. Grato pelo passeio, pela experiência, pelos sentimentos já descritos e que ficam na memória. O curioso é que não existe lugar certo para o pouso, o vento determina o destino e o balão aonde vamos parar. Neste caso, foi em um campo na zona rural ao lado de vários cavalos. Enfim, ansioso pela próxima edição. Então, fica a dica, se programe desde já para embarcar nessa que pode ser uma das melhores experiências da sua vida também!

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