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DESENVOLVIMENTO

Edivilson Brum: “É preciso recuperar a autoestima do gaúcho”

Foto: Alencar da Rosa

Edivilson Brum enfatizou que a região ainda enfrenta gargalos logísticos para transportar os seus produtos

Terceiro painelista da primeira edição do Projeto Gerir, realizado nessa segunda-feira, 8, o deputado Edivilson Brum (MDB) seguiu a linha abordada por Airton Artus e reafirmou a importância do dinheiro para fomentar a atividade econômica e melhorar o desempenho do Rio Grande do Sul. Ele criticou os empecilhos que se impõem a cada vez que o Estado procura atrair novos investimentos e ainda o clima político tenso no País ao longo dos últimos anos, visto pelo parlamentar como muito prejudicial sob diversos aspectos.

Outro ponto apontado por Brum como fundamental para o progresso é a cooperação entre os municípios no que diz respeito a atração de empresas. Como exemplo negativo, citou a anexação da região de São José da Reserva, que antes pertencia a Rio Pardo e hoje é um dos distritos de Santa Cruz do Sul. A mudança ocorreu em 1995. “Foi uma briga política tremenda e nefasta, sob o ponto de vista econômico, para a nossa cidade [Rio Pardo]”, afirmou. Para o desenvolvimento regional, ele entende que é preciso que os municípios avancem de forma conjunta e não ignorem os interesses e necessidades dos demais.

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Os gargalos logísticos para transporte de produtos da região foram a pauta seguinte. Ainda sobre a questão da cooperação, citou como seria relevante para o Vale do Rio Pardo a existência de um porto em Rio Pardo para o escoamento da produção pelo Rio Jacuí. Ele referiu a importância da ampliação do aeroporto Luiz Beck da Silva, em Santa Cruz, para possibilitar a operação de aeronaves com maior capacidade. “Será que não podemos fazer uma trincheira na Avenida Orlando Oscar Baumhardt e, por cima dela, ampliar a pista do aeroporto?”, questionou.

O deputado voltou a citar a Cidade Histórica, ao lembrar que a Prefeitura precisou abrir mão de um investimento de R$ 300 milhões da empresa metalmecânica Fundimisa devido à falta de potência das redes elétricas. Por fim, o empreendimento foi instalado em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre. “Aí é que nós nos ressentimos pelo fato de o Estado não poder investir em uma rede elétrica daqui de Vera Cruz até a frente do Parque da Expoagro, onde a empresa pretendia instalar a sua planta.”

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Voltando à questão das hidrovias, lembrou que Rio Pardo foi referência nesse tipo de operação e uma das quatro primeiras cidades gaúchas, criada em 1809, devido ao potencial de transporte pelos rios. Com o passar do tempo, isso acabou desperdiçado para dar lugar às ferrovias (hoje também subutilizadas no Estado) e às rodovias, que somente agora recebem obras de duplicação para atender à crescente demanda.

Foco no transporte hidroviário

A ligação do Vale do Rio Pardo com o porto de Rio Grande depende em grande parte da BR-471 e RSC-471 entre Santa Cruz do Sul e Canguçu, onde ocorre a junção com a BR-392. A grande maioria desse percurso, além de ser em pista simples de mão dupla, enfrenta más condições de conservação. Diante desse cenário, Edivilson Brum voltou a destacar a necessidade de transportar mercadorias pelo Rio Jacuí, haja vista que o modal hidroviário tem maior capacidade, é mais barato, mais seguro e ainda menos poluente se comparado ao rodoviário.

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