O campus de Venâncio Aires do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) terá seu calendário acadêmico afetado devido à greve dos servidores federais que tem ocorrido em todo o Brasil desde 3 de abril. Foi anunciado nessa terça-feira, 9, que as aulas no campus serão suspensas a partir do próximo dia 17. Ainda não há previsão de retorno.

Na manhã desta quarta-feira, 10, alunos do IFSul de Venâncio Aires começaram uma manifestação no campus contra a suspensão das aulas. Empunhando cartazes, os estudantes pedem o fim da greve, o direto à voz e a defesa da educação.

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Segundo a representante do Grêmio Estudantil Valentina Heinen Schuh, estudante do 2º ano do Ensino Médio Integrado com Informática, uma reunião entre professores e representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) provocou o cancelamento das aulas na manhã desta quarta, o que deu espaço para a mobilização.

Valentina revela que ainda não houve negociação direta entre os alunos e os professores. “Não temos espaço, eles não escutam os alunos”, afirma. A ideia dos estudantes é de aproveitar as últimas aulas que terão, até a próxima terça-feira, para manter a mobilização em prol do cancelamento da greve.

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Entenda

A mobilização dos servidores federais da educação foi motivada pelas reivindicações de revisão geral anual, reestruturação dos planos de carreira, recomposição do orçamento e reajuste dos auxílios e bolsas dos estudantes. Além disso, pedem a revogação de normas aprovadas durante os governos de Michel Temer (2016-2018) e de Jair Bolsonaro (2019-2022).

Em comunicado emitido no último dia 1º, a direção do campus havia afirmado que a orientação da reitoria era de não suspender o calendário imediatamente. “Aderir ou não aderir ao movimento de greve do Sinasefe é um direito individual de cada servidor(a) e a posição de cada um(a) deve ser respeitada”, dizia o texto. No entanto, a adesão acabou sendo confirmada nessa terça-feira, 9. No Estado, campi do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) e do Instituto Federal Sul-rio-grandense se juntaram ao movimento.

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