A legislação eleitoral brasileira definiu o sétimo mês antes da votação como período para as transferências partidárias entre detentores de cargos no Legislativo, sem que isso represente perder a vaga – em qualquer outro momento do mandato, a legenda pode solicitar a cadeira, porque é detentora. Neste ano, essa opção foi possibilitada entre os dias 7 de março e 5 de abril. Em Santa Cruz do Sul, sete vereadores trocaram de sigla neste espaço de tempo.
A oitava a trocar de partido no mandato foi Nicole Weber (Podemos), mas ela utilizou outro recurso jurídico, haja vista a mudança de regimento da sigla pela qual elegeu-se: o PTB. Com essa situação, decorrente da junção do PTB com o Patriota, que originou o PRD, Nicole entendeu ser motivo para a saída, o que possibilitou a instalação do Podemos no município. Ela assumiu a presidência da sigla e não descarta a possibilidade de uma candidatura na majoritária.
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Para o Podemos também foi o ex-presidente do MDB, Daiton Mergen. Ele ocupava a única cadeira emedebista na Casa. Dessa forma, o partido do vice-governador Gabriel Souza ficou sem representatividade no Legislativo local. Também está na mesma situação o PRD, pois os dois remanescentes, Serginho Moraes e Rodrigo Rabuske, migraram para o PL. Quem seguiu o mesmo caminho foi o ex-progressista Edson Azeredo (ele ocupa como suplente a cadeira de Henrique Hermany, presidente do PP). Assim, o PL passa a ter três vagas até que Hermany retome seu lugar.
Outro partido que não conseguiu representantes no pleito de 2020 e passou a ter neste mês foi o PSB. O ex-presidente do PSD, Luizinho Ruas, assinou com a legenda do deputado federal Heitor Schuch e do secretário da Saúde, Fabiano Dupont, assim como o ex-secretário de Educação e ex-presidente do PDT, Wagner Machado.
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O outro representante do PSD, Licério Agnes, confirmou sua saída tendo como destino o ninho tucano. Chega Agnes ao PSDB e sai Francisco Carlos Smidt. Em seu oitavo mandato, ele já havia confirmado que não seria candidato à reeleição. Deve integrar chapa na disputa majoritária, agora pelo Novo, que passou a contar com duas cadeiras na Casa. A outra é de Leonel Garibaldi.
Assim, o PSDB continua com duas vagas: a do presidente Gerson Trevisan e Agnes. Quem também mantém o mesmo peso é o PT, com Alberto Heck; Republicanos, com Bruna Molz e Raul Fritsch; e PDT, com Bruno Faller. O DEM deixou de existir, em um casamento com o PSL, que resultou no União Brasil. O partido manteve um vereador: Professor Cleber.
O Progressistas está com duas vagas, ocupadas por Ilário Keller e Jair Eich. Com o retorno de Henrique Hermany, que pode ocorrer em maio, voltaria a contar com as três conquistadas em 2020, o que faz com que tenha a maior bancada. Enquanto isso não acontece, o PL é quem tem mais vereadores: três. Os prazos seguem cronograma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste sábado, estoura o limite para que partidos políticos e federações que queiram participar da disputa de outubro registrem seus estatutos. Também é data-limite para que as pessoas com interesse em participar oficializem o domicílio eleitoral (local onde votarão).
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A segunda-feira é o prazo para que eleitores sem cadastro biométrico na Justiça Eleitoral solicitem alistamento, transferência e revisão pelo serviço de Autoatendimento Eleitoral na internet. Jovens que queiram tirar o primeiro título devem iniciar seu alistamento pelo Autoatendimento Eleitoral também até o dia 8.
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