Como é gratificante, após um dia exaustivo, deitar e ter uma boa noite de sono. Dormir é sinônimo de recarregar energia, recuperar forças e processar tudo que aconteceu no dia anterior. Não por acaso, o sono, há muito tempo, é pauta de debates em várias especialidades.
Inicialmente, muito se discutia sobre a importância do sono na neurologia, relacionando com a capacidade cognitiva, memória e concentração. Depois, foi amplamente discutido entre os pediatras, também relacionando o desenvolvimento psicomotor e o desenvolvimento orgânico cerebral. Os otorrinolaringologistas e pneumologistas discutiram o sono em torno das síndromes de apneia do sono e impactos gerais nos seres humanos. Porém, na atualidade, muito se fala sobre a relação entre o sono e a saúde do coração. Algo que por tempos se achava distante, agora é amplamente investigado e tratado nos consultórios de cardiologia.
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Dormir bem garante, fisiologicamente muitos benefícios ao coração. Dormindo, segundo o médico cardiologista Tiago Fortuna, são reduzidas tensões dos vasos sanguíneos, o coração bate mais organicamente e diminui ao máximo a interação externa sobre o eixo cardíaco, tornando a fisiologia vascular praticamente autônoma.
Apesar de o coração não dormir, a calmaria da noite faz com que ele se regenere de um dia pesado de trabalho e que eventuais distúrbios surgidos durante o dia possam ser corrigidos na noite. “Por esse motivo, quando não dormimos bem, nosso coração sofre.” Vários estudos apontam para maior incidência de doenças cardiovasculares nos pacientes com distúrbios do sono. Independente do tipo de distúrbio, não dormir bem causa danos ao coração. O mais estudado é a apneia do sono, mas não é exclusividade dessa síndrome o malefício ao coração.
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Pacientes que têm dificuldade de harmonizar as fases do sono, que possuem síndrome de pernas inquietas e até os que sofrem de insônia, todos têm risco aumentado de doença cardiovascular. Recentes estudos demostram que dormir mal aumenta taxas de hipertensão arterial sistêmica, taxas de insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e infarto agudo do miocárdio.
Sendo assim, cabe cada vez mais ao cardiologista investigar hábitos e tempo de sono, relato de roncos e apneia. “Apesar de sempre pensarmos que o nosso motor é testado quando está fazendo esforço (na correria do dia a dia), ele merece sim uma boa manutenção e um sono reparador.”
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As dicas de Tiago Fortuna, portanto, são: tenha uma boa noite de sono, guarde tempo para dormir, evite luzes ou telas que podem tornar seu sono superficial; invista em um bom colchão e um quarto escuro e silencioso, pois isso, além de ser confortável, resulta em boa saúde cardíaca; procure seu médico e relacione o seu diagnóstico cardíaco com seus hábitos de sono. Muitas vezes, a causa da hipertensão ou da arritmia está associada a um distúrbio de sono e apneia.
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