Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

MEMÓRIA

Veja como eram as competições de tiro ao alvo “no tempo do onça”

Festa em Linha Rio Pardinho foi documentada por Eduard von Borowski | Foto: Arquivo de Fernando Hennig

As duas últimas colunas (“No tempo do onça”) trouxeram boas lembranças a muitos leitores, especialmente aos que acompanharam as atividades das antigas sociedades. Tiro ao alvo, jogos com lanças e argolas, bolão e outras movimentavam as colônias. 

O leitor Fernando Hennig nos remeteu foto de um evento de tiro ocorrido no salão de Karl Barth, em Rio Pardinho, em 1885. A imagem me deixou feliz, pois foi feita por meu bisavô Eduard Maximilian von Borowski. Pesquisa do saudoso professor Hardy Martin destaca que ele abriu o primeiro Ateliê Fotográfico de Santa Cruz em 1868.

LEIA MAIS: “No tempo do onça”, como eram as diversões dos primeiros imigrantes alemães?

Publicidade

Eduard era da Alemanha e veio para o Brasil com a família em 1853. Seu “estabelecimento photographico” situava-se na Praça do Carvalho (hoje da Bandeira). Ele captou muitas imagens da vila e também percorria o  interior, registrando eventos. No verso de suas fotos constava que foi premiado nas exposições de 1861 e 1881, em Porto Alegre. Nunca consegui foto do bisavô, mas se alguém tiver, gostaria de receber.

Quem também me encaminhou uma recordação antiga foi Harry Genehr. Trata-se da foto do seu tio e padrinho Carlos João Lenz, de Linha 7 de Setembro (antiga Fingerhud). Foi casado com Ottilia Genehr e era considerado o “rei do tiro ao alvo”. Costumava comparecer aos eventos com espada na cintura, espingarda no ombro e a túnica adornada com as medalhas conquistadas em competições.

Carlos João Lenz era o “rei do tiro”. Competições movimentavam o interior | Foto: Arquivo de Harry Genehr

LEIA MAIS: “No tempo do onça”, sociedades eram importantes para a comunidade santa-cruzense

Publicidade

Alguém ainda perguntou a origem da expressão “no tempo do onça”. Ela remete a Luiz Vahia Monteiro, que governou o Rio de Janeiro de 1725 a 1732. Bom administrador, mas homem truculento, tinha o apelido de Onça. Depois que deixou o cargo, as pessoas diziam, em tom de ironia ou de elogio: “Ah, no tempo do Onça que era bom”. Com o tempo, passou a significar algo antigo e já fora de moda.

LEIA MAIS TEXTOS DE ZÉ BOROWSKY

Chegou a newsletter do Gaz! 🤩 Tudo que você precisa saber direto no seu e-mail. Conteúdo exclusivo e confiável sobre Santa Cruz e região. É gratuito. Inscreva-se agora no link » cutt.ly/newsletter-do-Gaz 💙

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.