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CRIME EM SANTA CRUZ

Preso em operação que recuperou ração de ONG foi condenado por matar taxista há dez anos

Foto: Guilherme Bica

Homem de 26 anos, que estava foragido, foi localizado em imóvel perto da Prefeitura

Em cumprimento de mandado que culminou na prisão dos suspeito de furtar sacos de rações da ONG Cavalo de Lata, a Polícia Civil capturou em Passo do Sobrado, um outro rapaz – que também teria participado do furto de ração –, hospedado em um imóvel a 50 metros da Prefeitura e que era foragido. Trata-se de Morvan Jackson da Silveira, de 27 anos, identificado como um dos autores de um crime que causou repercussão em Santa Cruz do Sul há dez anos.

“Ele estava usando o nome falso do irmão e é investigado por recentes roubos em Passo do Sobrado. Foi condenado por latrocínio, em virtude da morte de um taxista na véspera de Natal de 2014, em Santa Cruz”, explicou Menezes, referindo-se ao assassinato de Walmor Inácio Fengler, de 45 anos. No início da madrugada do dia 24 de dezembro de 2014, Walmor, que trabalhava no ponto junto ao Posto do Galo, parou próximo ao Parque da Oktoberfest para que quatro jovens embarcassem.

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Um deles, no entanto, estava armado com um revólver calibre 38. A arma seria usada para efetuar três disparos nas costas do motorista, dentro do veículo, na Rua Armindo Zimmer, Bairro Bonfim. Logo depois do crime, os quatro autores, incluindo Morvan, fugiram. Um morador encontrou a vítima morta dentro do carro e chamou a polícia. Na época, a morte de Walmor causou comoção e protestos dos taxistas em Santa Cruz.

Os autores foram identificados, indiciados e presos. A condenação ocorreu em 10 de agosto de 2015. Morvan pegou 21 anos de reclusão, em sentença assinada pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. De acordo com o delegado regional, tanto ele como o preso em flagrante por tráfico responderão pelo furto qualificado em virtude do arrombamento na sede da ONG. “Essa foi uma situação de extremo mau gosto, o que chamamos na polícia de ‘chinelagem’. Uma falta de respeito desses bandidos nojentos, ladrões sem-vergonha, subtraindo ração de cavalo de um órgão que só faz bem para a comunidade”, finalizou o delegado Menezes.

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