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NO PANAMÁ

Veja como foram os bastidores das reuniões com embaixador brasileiro na COP-10

Foto: Romar Beling

A 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, realizada na Cidade do Panamá, de 5 a 10 de fevereiro, registrou situações inusitadas, e que repercutiram entre a comitiva de líderes do setor produtivo e industrial que acompanhavam de perto as tratativas. Ambas decorreram dos briefings, as reuniões de final de dia que o embaixador brasileiro no Panamá, Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva, oportunizou às autoridades, na condição de chefe da delegação no evento. Tendo ainda a presença de membros da representação do governo brasileiro na conferência, era ocasião para atualizar as lideranças sobre os debates de cada dia.

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Tais encontros ocorreram na terça, quarta e quinta-feira, sempre no início da noite, no InterContinental Miramar Panama, hotel de luxo, no qual a Embaixada locara sala no terceiro andar. Moojen advertira que a reunião, marcada para as 19 horas, não deveria passar de duas horas, portanto, até 21 horas, tempo pelo qual o ambiente fora reservado.

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Porém, com as várias manifestações de líderes e a aproximação do limite fixado, o embaixador argumentou que, infelizmente, teria de encerrar a reunião pois contava com recursos limitados na Embaixada e não dispunha de verba para tal gasto. Os representantes do setor foram surpreendidos por tal argumento financeiro. O secretário de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Ronaldo Santini, disse que o governo do Estado se dispunha a arcar com o custo da locação, para que as conversas se estendessem. Moojen declinou e inclusive cancelou a reunião da sexta-feira, o último dia do evento.

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Essas conversas foram acompanhadas por representação da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA), incluindo o presidente da entidade, o argentino José Javier Aranda, que esteve presente na terça e quarta-feira, sem qualquer contratempo para acesso. Ocorre que em entrevista exclusiva à Gazeta do Sul, publicada na quinta-feira, dia 8, Aranda frisou que não entendia o que o Brasil fazia na COP e na Convenção-Quadro, pois é o segundo maior produtor e o maior exportador mundial de tabaco. Por membros da comitiva do setor, Aranda recebeu recado de Moojen, advertindo que ele e a equipe da ITGA não eram mais bem-vindos na reunião programada para o fim daquele dia. Em virtude da entrevista à Gazeta, Aranda foi barrado de acompanhar as conversas. Ao que ele próprio reagiu com incredulidade, mas com bom humor.

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