As exportações da indústria gaúcha registraram em maio o seu pior resultado dos últimos 15 anos, com retração de 26,7% em relação ao mesmo mês de 2019. Os dados foram divulgados nessa quarta-feira, 10, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), e o desempenho foi diretamente afetado pela interrupção nos negócios em virtude da pandemia. As vendas externas das indústrias do Estado somaram US$ 775,7 milhões no mês. Dos 23 setores da indústria de transformação que registraram algum embarque em maio, 20 apresentaram queda na comparação mensal entre os dois anos.

O desempenho das exportações só não foi pior ainda para o Rio Grande do Sul porque o setor de alimentos aliviou um pouco a oitava queda consecutiva das vendas externas. O resultado foi sustentado uma vez mais pela maior demanda chinesa, de 217,2%. O crescimento do setor alimentício, de 23,3%, continua sendo puxado pelo embarque de carne de frango in natura (+23,1%) e de carne de suíno in natura (+104,8%). Além da China, outros dois países da Ásia seguem muito demandantes, o Vietnã e a Coreia do Sul.

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De janeiro a maio, conforme números levantados pela Fiergs, as exportações industriais atingiram US$ 3,9 bilhões no Rio Grande do Sul, com queda de 24,1% em relação ao mesmo período de 2019. Mesmo com a tímida recuperação das exportações da indústria para China no período (+0,8%), possibilitada pelos números positivos do último bimestre, os menores embarques da indústria gaúcha, tanto para os EUA (-27,2%) quanto para a Argentina (-21,6%) no período, ainda refletem os impactos da pandemia para o comércio exterior.

Nas importações, o Estado adquiriu US$ 424,8 milhões em mercadorias, com queda de 36% ante maio do ano passado, a segunda maior do ano (em fevereiro, a queda foi mais expressiva, de 45,4%). No mês, todas as categorias econômicas caíram, puxadas pelas menores compras de bens manufaturados. No acumulado do ano, o RS importou US$ 2,6 bilhões, representando queda de 24,9% em relação ao mesmo período de 2019.

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