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Fora de pauta

Carina Weber: “A primeira vez que vi o mar”

Foto: Rafaelly Machado

Foto ilustrativa

As lembranças são saudosas e importantes partes da vida. Algumas ficam um tanto esquecidas com o passar do tempo, mas, hoje, quero compartilhar uma delas: o meu primeiro contato com o mar. Eu tinha 7 anos quando conheci o litoral gaúcho. Acompanhada dos meus pais e do meu irmão, Marcelo, à época com 3 anos, a experiência rendeu momentos mágicos e, confesso, um pouco engraçados na Praia de Remanso – Xangri-Lá.

À beira do mar, Marcelo ensaiava entrar nas águas agitadas e cheias de ondas. De mãos dadas com ele, quando a onda “quebrava” na beira, ele corria com certo espanto e, ao mesmo tempo, ria daquele “vai e vem”. Era como se aquela imensidão fosse o atingir e ele não pudesse dar conta. Eu, um pouco maior, já entendera e compartilhava daquele momento tão único da essência de ser criança. Não diferente do meu irmão tudo para mim era novo e curioso, algo a ser desbravado.

Não recordo com exatidão de maiores detalhes daqueles dias, no entanto, alguns flashes ficaram para sempre na minha memória. Talvez tivesse um pouco mais de coragem do que ele diante daquela vivência, contudo, o que importava mesmo era desfrutar daquelas areias que se transformavam em castelos e das águas que traziam momentos de alegria e sensação de satisfação. O fato é que o mar, por algum motivo que porventura não saiba explicar em palavras, sempre teve uma grande importância na minha vida.

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Talvez pela energia transmitida pela mãe natureza por meio das águas ou pelo simples fato da paz que pode ser sentida num simples fechar de olhos, ouvindo o barulho das ondas. Depois disso, vieram outras ocasiões. Todas elas em solo gaúcho. Agora meu irmão já me acompanhava nas aventuras de pegar as melhores ondas e aproveitar os dias de sol e calor com o refresco do mar, “quase sempre” um tanto gelado do Rio Grande do Sul. Tempos bons aqueles… Até que no Ensino Médio pude conhecer as famosas praias do litoral catarinense. A oportunidade veio por meio da escola onde estudava. Um projeto da disciplina de Biologia permitiu essa experiência que uniu conhecimento e lazer.

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Quando vi aquelas águas, a sensação foi de encanto. Fiquei pasma. Apesar de ver imagens e vídeos que já indicam o quão bonitos eram aqueles lugares, leia-se – Bombas, Bombinhas e Porto Belo –, a sensação de estar lá era completamente diferente. Lembro de colocar meus pés na água e conseguir vê-los, por ser tão límpida e transparente. As águas eram mais quentes do que as do Rio Grande do Sul, por questões logísticas, é claro. Sabe aquela máxima que a gente ouve por aí: “Quanto mais para cima do Brasil, partindo do RS, mais quente é a água do mar?”. Mais ou menos isso.

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Demorei para voltar a Santa Catarina. Pelo menos uns seis anos. Quando retornei, foi para tirar férias organizadas em sete dias percorrendo as praias de Floripa. A cada dia um local diferente. Algo que recomendo. Depois disso, tive outras experiências. Agora no Nordeste brasileiro. Conheci Porto de Galinhas, Fortaleza e Porto Seguro. Outro lugar em que estive foi o Rio de Janeiro que, realmente, “continua lindo”. Provei ser verdade o que dizem: nosso Brasil é esplêndido! E no quesito natureza não há o que contestar quando o assunto é beleza. Lugares incríveis, com culturas diferentes, mas únicos nas suas peculiaridades.

Ah, o mar! Independentemente de ser no litoral gaúcho, catarinense, nordestino ou até na cidade maravilhosa, todos eles com suas respectivas diferenças, procuro ao menos ter contato com o mar uma vez ao ano. Quase sempre é possível e sou grata a isso. É como renovar as energias, seja para dar as boas-vindas a um novo ciclo ou simplesmente para descansar, tirar férias ou até mesmo sair da rotina. Há quem não goste do mar e prefira o campo ou aqueles que pulam as famosas “sete ondinhas” para saudar a chegada de um novo ano. Entretanto, posso garantir: a água representa renovação e movimento. E mais, a água salgada cura todos os males. Então, se puder, vá à praia! E não esqueça do protetor solar!

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