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GABRIEL ROSSI

Retrô do Gaz: o caso do médico santa-cruzense morto no Mato Grosso do Sul

médico gabriel rossi

O médico santa-cruzense tinha 29 anos

Reportagens de grande repercussão, situações que viralizaram nas redes sociais e crimes que chocaram a população. No último dia do ano, o Portal Gaz reconta seis matérias feitas pela nossa equipe que foram sucesso entre os leitores ao longo de 2022.

Um dos casos que mais chamou a atenção da população de Santa Cruz do Sul, na verdade, aconteceu a mais de 860 quilômetros da cidade, em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Trata-se do homicídio do médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, que deixou o Vale do Rio Pardo para estudar na região Centro-Oeste. Ele havia se formado ainda neste ano e trabalhava em três casas de saúde de Dourados.

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No final de julho, após sair do trabalho, Gabriel foi torturado, estrangulado e amarrado pelas mãos e pés com fios de televisão e carregadores de celular em uma casa no Bairro Vila Hilda. Havia manchas de sangue nas paredes e em sacolas plásticas na cena do crime. Ele ficou agonizando no local por pelo menos 48 horas até a morte definitiva.

O corpo foi encontrado apenas em 3 de agosto, quando uma vizinha notou um forte odor vindo da residência. Ela acionou a Polícia Militar, que identificou a vítima, cujo cadáver já estava em decomposição, e percebeu que era o carro do médico, um HB20 cinza, que estava estacionado em frente ao local.

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Conforme a investigação foi avançando, outros detalhes foram sendo descobertos. A casa onde ocorreu a morte de Gabriel havia sido alugada por 15 dias por um bando criminoso. O delegado Erasmo Cubas, responsável pelo caso, também revelou que o médico havia se deslocado espontaneamente ao local para falar com pessoas conhecidas.

Médico integrava grupo especializado em estelionato

Conforme as informações eram divulgadas e dúvidas surgiam, boatos começaram a circular. Entre as razões cogitadas para o crime estavam relações com o tráfico de drogas e até mesmo passionalidade, relacionado a uma suposta mulher que teria engravidado. Porém, em uma coletiva de imprensa na manhã de 8 de agosto, o delegado Erasmo Cubas revelou a verdadeira motivação. Gabriel Rossi integrava um grupo criminoso responsável por esquemas de estelionato, por meio de fraudes de cartões de crédito e saques de aposentadorias de pessoas já falecidas.

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A líder do grupo, e também mandante da morte do médico, era Bruna Nathália de Paiva, de 29 anos. Ela e outros três comparsas, Gustavo Kenedi Teixeira, de 27 anos; Keven Rangel Barbosa, de 22; e Guilherme Augusto Santana, de 34, os executores do homicídio, foram presos pela Polícia Civil em 7 de agosto, a 1,3 mil quilômetros de onde ocorreu o crime, em Pará de Minas, Minas Gerais, onde viviam. O motivo para o crime seria uma dúvida estimada em R$ 500 mil que Bruna tinha com Gabriel, devido a serviços prestados para o esquema. O santa-cruzense chegou a ameaçar entregar o grupo para a polícia caso ela não pagasse.

A partir disso, ela passou a planejar o crime. Os executores foram contratados por R$ 50 mil cada, e a chefe também arcou com todos os custos com transporte e hospedagem. Bruna, Gustavo, Keven e Guilherme viajaram de ônibus até Dourados, onde vivia o médico. Eles alugaram duas casas por um aplicativo, uma delas por apenas 24 horas, para servir como “quartel-general” do quarteto, e a outra por 15 dias, onde ocorreu o crime. A Polícia Civil suspeitou de que Gabriel foi atraído para o local do homicídio sob o pretexto de que ele passaria um contato para a compra de entorpecentes em Ponta Porã, cidade a 120 quilômetros dali, na fronteira com o Paraguai.

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Logo após executarem o crime, o grupo retornou a Minas Gerais. De posse do celular de Gabriel, Bruna buscou apagar as pistas e criou histórias falsas para compartilhar com os amigos do médico. Já no final de agosto, os quatro presos se tornaram réus no processo, após denúncia do Ministério Público do Mato Grosso do Sul. Eles responderão por homicídio qualificado consumado, tortura e furto qualificado no Tribunal do Júri.

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