Estamos em uma das mais aguardadas semanas do ano. O próximo domingo será de aguardo do Papai Noel chegar com os presentes, que ilustraram as cartas, e colocá-los sob a árvore de Natal. É claro que vai bem além do Bom Velhinho, vestido com pesadas roupas vermelhas e puxado, em um trenó, por renas encantadas. O período tem um forte cunho religioso, evidenciado por Aline Barros, quando repete o refrão: “Vem que está chegando o Natal, pois nasceu Jesus o salvador”.
Apesar do famoso aniversariante da data, a quem sou grato, e do também aniversariante, colega Rosemar Santos, a quem parabenizo antecipadamente, sou muito mais do “adeus, ano velho, feliz ano novo! Que tudo se realize no ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”. Tenho mais apreço pelo revéillon, como data comemorativa. Sei que, também, não se trata de um encerramento, haja vista a sequência do tempo, mas ainda assim parece ser um período de renovação, de ver o que conquistamos e nos propormos a novos desafios no período seguinte. A noite do 31 de dezembro me parece bem mais apropriada à canção de Simone do que o Natal. “Então é Natal, e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez”, disse tantas vezes que pode ser entendida como um même sonoro.
Uma das coisas que incomodam no período é a aproximação de pessoas que, muitas vezes, durante o ano sequer olham para a sua cara. É a época de aqueles que falam mal de você ou tecem fofoca pelas costas te olharem no rosto e com um olhar natalino te desejarem felicidades ou te entregarem um presente, como vindo do fundo do coração.
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Entendo que isso é o normal, que muitos observam a época, como cantam os rapazes do Roupa Nova, “um clima de sonho se espalha no ar; pessoas se olham com brilho no olhar. A gente já sente chegando o Natal. É tempo de amor, todo mundo é igual”. Mas não vejo essa igualdade nas ruas. Vejo pessoas sendo beneméritas, arrecadando donativos e fazendo doações para aqueles que precisam e não têm condições de conseguir, como se eles precisassem somente agora; vejo muitas dessas pessoas ignorarem os necessitados durante o restante do ano, afinal, de janeiro a 24 de dezembro não é Natal.
Não sou, no entanto, insensível. Acompanho os ritos, troco os presentes, comemoro o aniversário do Menino e, o mais importante, agradeço a tudo que ocorreu em minha vida durante o ano – e não foi pouca coisa, tive conquistas que me fizeram rever a vida, dar uma guinada espetacular e especial, que muda o hoje e, com certeza, o futuro. Então, diante disso, faço como José Feliciano e desejo um “Feliz Navidad! Prospero
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