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CASO BELVEDERE

Pistola usada por policial militar para atirar em dois homens foi enviada para perícia

Foto: Cristiano Silva

Coronel Moresco detalhou andamento das apurações na ocorrência em que dois homens foram baleados na sexta-feira

O caso que marcou o final de ano em Santa Cruz do Sul ganhou um novo capítulo na tarde dessa quinta-feira, 15. A Brigada Militar (BM) se manifestou pela primeira vez sobre a ocorrência da última sexta-feira, em que um policial da Força Tática, durante patrulhamento na Rua Guilherme Kuhn, no Bairro Belvedere, efetuou disparos de arma de fogo que resultaram na morte de um homem e ferimentos graves em outro.

João Omar Lenz, de 44 anos, perdeu quatro litros de sangue, teve o braço quebrado e faleceu em decorrência de disparos no umbigo, lateral do corpo e costas. Já Anderson Micael Pereira Padilha, de 26 anos, que permanece internado no Hospital Santa Cruz (HSC), ficou ferido com tiros na mão, quadril e dois nas costas que teriam ficado alojados e depois removidos.

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A versão sustentada pelo PM da Força Tática que atirou é que os dois baleados teriam feito menção de disparar contra ele e, para neutralizar a possível ação, respondeu efetuando disparos. Durante a entrevista coletiva, nessa, o coronel Giovani Paim Moresco confirmou que a pistola calibre 9 milímetros usada pelo policial foi enviada ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para análise.

“A Polícia Civil nos solicitou a arma e informaremos que ela já foi destinada ao IGP. Estamos prontos para colaborar com a Polícia Civil no compartilhamento de provas”, explicou Moresco. O comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP) comentou a atuação do PM. “Ele agiu perante a legislação. Naquele momento, fez a leitura do cenário encontrado e utilizou as ferramentas previstas em lei para serem utilizadas naquela instância em que se encontravam os fatos.”

Ainda de acordo com Moresco, o policial que atirou contra os dois homens permanece atuando nas fileiras da Força Tática e o CRPO/VRP nem sequer cogita afastá-lo de suas funções. A identidade do policial investigado é mantida em sigilo pela Brigada. O comandante ainda reforçou que o índice de ocorrências em que os PMs utilizam disparos de arma de fogo no Vale do Rio Pardo é baixíssimo.

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