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BENNO KIST

Orgulho local

Escrevia na coluna passada sobre o orgulho nacional representado pelo agronegócio (e nele, nosso tabaco). No mesmo embalo, trouxe inspiração – e motiva orgulho local – o que preparou o Colégio Estadual Monte Alverne (Cema) no dia 27 de novembro, ao apresentar a “Epopeia Alemã”, como evento já marcante relativo aos 200 anos de imigração alemã no Estado, em julho de 2024, e 175 anos em Santa Cruz do Sul, que se completam em dezembro. O tema passa a fazer parte do currículo da escola, observou a diretora Márcia Rediske, como já ocorre há anos com o Projeto “Autor Presente”, que traz escritores e suas obras para interagir com professores e alunos do educandário. Também amplia a sua biblioteca que, no dizer do vice-diretor, Nelson Jandrey, “é o coração da escola”.

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Desta vez, esteve presente a conterrânea e colega da Academia de Letras de Santa Cruz do Sul, Valesca de Assis, residente em Porto Alegre. Ela se impressionou com o belo trabalho ali desenvolvido em favor da literatura e da cultura como um todo. A mesma impressão levou o subsecretário de Justiça do Estado, Rafael Gessinger, exaltando a “vida interior” ali tão bem revelada pela música (Orquestra Melodia dos Anjos, de três anos, já com visível evolução nas mãos do maestro Írimo Panke), pelo teatro com elogiável releitura do livro A valsa da medusa, da autora presente, pelas danças típicas apresentadas, pelos vídeos com informações históricas, além de exposição de imagens e objetos antigos.

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A vida interior referida, não exatamente a interiorana (embora poderia ser), diz respeito ao preenchimento do nosso espírito com valores culturais e, como salientou a autoridade estadual, parafraseando Artur da Távola, quem a tem não padece de solidão. Da mesma forma, a valorização do passado e da identidade cultural recebeu foco especial, lembrando bem a entusiasta e professora de idiomas Anelise Winter: “quem não sabe de onde vem, não saberá para onde ir”, e, ainda nessa linha, evidenciou a escritora Valesca: “ter raízes é firmar base para abrir asas e voar”.

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Os representantes da educação, o coordenador regional Luiz Carlos Pinho de Moura, da 6ª CRE, e Lígia Hoppe, da Secretaria Municipal, enalteceram a bela programação que a escola organizou com vistas aos grandes eventos que nos esperam, assim como diversos convidados, a exemplo do coordenador municipal dos festejos, Paulo Trinks. Representou, sem dúvida, um forte estímulo a todos que, de alguma forma, se sentem motivados a comemorar devida e condignamente essas datas. Particularmente, devo contribuir com um novo livro sobre aspectos importantes da vida de imigrantes alemães e descendentes na região.

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É gratificante ver que a comunidade, a exemplo do testemunho dado em minha terra natal, está atenta e envolvida na lembrança de seus antepassados e sua história. Isso deve nos orgulhar, não no sentido de sermos melhores do que outros, mas de sermos autênticos em nossa expressão cultural, com identidade dentro de um amplo espectro de miscigenação, onde cada etnia oferece sua contribuição e enriquece culturalmente toda a sociedade. Vale refletirmos sobre isso quando estamos a uma semana da passagem da data de chegada da primeira leva de imigrantes à então Colônia Santa Cruz, em 19 de dezembro de 1849.

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