Nas vitrines das lojas de Santa Cruz do Sul, já é possível observar decorações que remetem ao Dia dos Namorados, lembrado em 12 de junho e que movimenta o comércio. O setor, que tem sofrido uma grande redução nas vendas por conta da pandemia do novo coronavírus, busca agora a recuperação. A nova realidade imposta pelas medidas de distanciamento social e controle de circulação de pessoas faz com que muitas lojas tenham de se adaptar rapidamente e buscar alternativas em novas formas de venda e entrega.

Segundo Márcia Beatriz Nunes, proprietária da Dermatologe, as vendas não presenciais cresceram muito, assim como a tele-entrega. “Os clientes estão se acostumando e buscando outras formas de comprar, respeitando as determinações”, observa.

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A gerente da Clip Graffite, Jaqueline Freese, segue na mesma linha. “Chegamos a abrir seis números de WhatsApp e contamos com três motoboys para dar conta das encomendas”, conta. Conforme ela, o movimento cresceu depois da última flexibilização das normas para o comércio, mas existem reclamações e desistências por conta das filas, geradas pela restrição no número clientes no interior dos estabelecimentos.

Nas lojas de calçados e vestuário, o principal problema enfrentado é a proibição de que os clientes experimentem as peças, o que torna as vendas mais difíceis. “Nós deixamos que as pessoas levem para casa de modo condicional e isso aumenta muito o fluxo de trocas”, conta Thaís Gais, gerente da Calçados Eny.

Em relação às filas e limitação das pessoas no interior das lojas, o vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Ricardo Bartz, espera novidades nos próximos dias. “Santa Cruz segue agora na classificação amarela do governo do Estado e esperamos que a Prefeitura mude as regras para o comércio no próximo decreto”, avalia.

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Movimento no Centro

Com a flexibilização do funcionamento, o movimento no Centro de Santa Cruz do Sul foi grande no sábado, com fluxo de pessoas nas calçadas e filas para entrar nas lojas. À tarde houve grande quantidade de pessoas nas praças, especialmente pais que levaram seus filhos para curtir o calor. A policial militar Joana Frantz, 32 anos, aproveitou o dia ensolarado para levar a enteada Julia, de 7 anos e a filha, Antonela, de 2, para brincar na Praça Getúlio Vargas. “As crianças estão sofrendo com a rotina em casa, sem ir para a escola, precisam gastar as energias. Aproveito o menor movimento do início da tarde para vir com elas”, afirma.

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