Uma das mais tradicionais e demandadas bandas da região central do Estado chama-se N’Band. Com “N” de… Neuri. O fundador e líder da formação, Neuri Pedro Putzke, segue como um entusiasmado artista, hoje compondo um competente trio, ao lado de Ederson Sins, tecladista que também responde pelo som do baixo, e de Diego Maracci, este na bateria. São apenas três, mas dinâmicos a ponto de fazerem as vezes de uma banda completa. É o que avalizam os fãs, que os aplaudem em uma agenda cada vez mais intensa de shows, em eventos variados.
A N’Band é a cristalização de uma vida dedicada à música. Aos 49 anos, Neuri acumula a experiência de muitos conjuntos nos quais atuou. Nasceu no dia 1º de novembro de 1974, na Linha Um, em Vera Cruz. É filho de Rani, falecido, e de Sidelga, mais novo de quatro irmãos, ao lado de Glênio, Jair e Mauri. Com exceção de Jair, professor universitário e biólogo, os demais têm um pé na música (embora até Jair se aventure como baterista).
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Uma vez que a arte sempre esteve presente em sua rotina, por causa dos irmãos, com cerca de 14 anos ele próprio ingressou em uma banda de baile, o Musical Casanova (que depois se tornou em banda Nova Dimensão), desde cedo tendo na guitarra a sua via de expressão. As quatro séries iniciais do primário cursou na escola São Sebastião, com a professora Maria Olivia Kern, e as séries seguintes, até completar o Ensino Médio, frequentou no Polivalente, em Vera Cruz. Então deixou de lado os estudos para mergulhar de cabeça na carreira musical. Em paralelo, por 25 anos também atuou em jornal, como chargista.
Em seus primeiros anos como músico, logo passou a dar aulas, e inovou nesse terreno, visitando os seus alunos na casa deles. Em 1997, casou-se com a porto-alegrense Roselaine, que atua em uma indústria do setor do tabaco. Com ela tem duas filhas, Mariana, de 16 anos, e Manoela, de 13. Após o Musical Casanova, passou por inúmeros conjuntos de baile e bandas da região, até o ano de 2000, quando concluiu que, em razão da queda na renda advinda dessas atividades, já não valia a pena. Os últimos conjuntos com os quais esteve vinculado foram o Cruzeiro do Sul, de Ferraz, e o Musical Tropical.
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Na virada do século, seu plano era outro: criar uma banda própria. E foi assim que nasceu a N’Band, com o “N” prontamente remetendo ao fundador. Em fevereiro de 2000, subiram pela primeira vez ao palco. E nele seguem até hoje, com agenda cada vez mais intensa, só interrompida durante a pandemia.
A carreira foi marcada pela gravação de oito CDs em oito anos, com a característica de trazerem dez canções próprias (ele responde pela composição) e dez covers. As próprias atendiam a uma demanda comum em rádios na entrada do século 21, em que os programas solicitavam sempre músicas autorais. Já os covers sinalizavam para referências ou influências de cada banda.
E Neuri e seus colegas tinham as melhores possíveis. Ele próprio tem em Mark Knopfler e no Dire Straits um ídolo e quase uma religião. Tanto que é do álbum Brothers in Arms, de 1985, que aponta, em sequência, várias músicas de sua preferência, de tal forma possui ligação com esse trabalho. Neuri também é um assíduo frequentador de programas da Rádio Gazeta FM 107,9, em especial o Revista da Noite, com o Ike, e ainda o Encontro, com Giovane Silveira.
Antes da pandemia, a N’Band levava aos palcos formação com seis músicos. Com o distanciamento social, promoveu reformulação e optou pela formação em trio, o que proporciona praticidade, inclusive em deslocamentos. “Eu, o Ederson e o Diego temos sintonia muito grande. É muito bacana atuar ao lado deles”, assegura. Em termos de setlist, até em função das preferências manifestadas pelo público, selecionam, de forma muito eclética, hits dos anos 80, nacionais e internacionais. “Dificilmente um show nosso vai ser igual ao outro”, diz. E assim chegaram a 2023, a todo vapor. “Seguramente, é o ano em que mais tocamos em toda a história da banda”, enfatiza.
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Cinco músicas referenciais para Neuri:
- Money for Nothing (Dire Straits)
- I’m Easy (Faith no More)
- Never Tear Us Apart (INXS)
- Nothing Gonna Stop Us Now (Starship)
- It’s a Heartache (Bonnie Tyler)
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