Cucas, tortas, queijos, pães, bolachas e salgados estiveram em destaque na noite de sexta-feira na primeira edição do projeto Saberes e Sabores, realizado na Escola Estadual Affonso Pedro Rabuske, em Linha Santa Cruz. Unindo as tradições germânicas e histórias de família, o evento envolveu 26 alunos do 2º ano do Ensino Médio.

LEIA TAMBÉM: Emef Menino Deus terá ensino em tempo integral em 2024

Os participantes foram desafiados a elaborar os pratos típicos e pesquisar suas origens, ingredientes e o contexto em que eram preparados e consumidos. Na apresentação, pais e familiares dos estudantes degustaram as criações e aprenderam um pouco mais a respeito de cada uma delas.

A iniciativa fez parte dos estudos em torno do Patrimônio Cultural Imaterial, no qual os pratos típicos estão incluídos. Para definir os alimentos presentes na degustação, os jovens conversaram com familiares para encontrar receitas de seus antepassados. Livros também serviram de fonte de inspiração. O trabalho de entrevistas e pesquisas ocorreu ao longo de todo o ano. 

LEIA TAMBÉM: Feira de Ciências da Unisc premia os vencedores

Responsável por coordenar os trabalhos, a professora Dulce Schultz destacou o engajamento dos alunos, imersos nas histórias para compor o cardápio. “Recebemos muito apoio das famílias. Agora, uma das ideias é publicar um livro com as receitas que coletamos em 2023.” Para auxiliar no trabalho, a escola procurou o projeto Organização e Extroversão do Patrimônio Arqueológico do Cepa-Unisc, coordenado pelos professores Sérgio Celio Klamt e Hélio Etges.

Da avó para a neta

Entre os alimentos que mais chamaram a atenção dos convidados estavam os apresentados pela aluna Gabriela Heck da Silva, 17 anos.  A jovem trouxe para a degustação dois pratos diferenciados: o queijo de porco e a morcilha branca.

LEIA TAMBÉM: Projeto leva oficinas de robótica a escolas de Venâncio Aires

As receitas vieram da avó, Nersi Leonora da Silva, de 74 anos. Juntas, fizeram todos os processos da receita enquanto ela aprendeu um pouco mais sobre a história da família. “Eram pratos que ela fazia para os meus tios e para ajudar a família. E eu pude adquirir muito conhecimento da minha vó durante o trabalho”, contou.

O pai de Gabriela, Pedro Vilmar Rodrigues da Silva, 48 anos, ficou impressionado com o trabalho da filha. Saiu da fila com o prato cheio e degustou um pouco de cada comida presente na mesa. “Assim essas receitas não vão morrer”, avaliou.

LEIA MAIS SOBRE SANTA CRUZ DO SUL

Chegou a newsletter do Gaz! 🤩 Tudo que você precisa saber direto no seu e-mail. Conteúdo exclusivo e confiável sobre Santa Cruz e região. É gratuito. Inscreva-se agora no link » cutt.ly/newsletter-do-Gaz 💙