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SAFRA 2023/2024

Produção de tabaco deve apresentar queda de 13,7%

Representantes do setor do tabaco pleiteiam participação no evento

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) fechou na última terça-feira a projeção inicial para a safra de tabaco 2023/2024. A produção está estimada em 522.857 toneladas, de todas as variedades, nos três estados do Sul do Brasil. Esse volume significa 13,7% a menos com relação à safra passada, que fechou em 605.703 toneladas. Separadas por variedade, a projeção para o Virginia fica em 475.010 (-13,9%); Burley, 39.652 (-14,7%); e Comum – a única variedade em que se estima aumento, de 7,2% –, 8.196 toneladas.

Para chegar à estimativa inicial, o Departamento de Pesquisa e Estatística da Afubra utiliza o número de pés inscritos no Sistema Mutualista da entidade, por tipo de tabaco. A esse resultado é somada a quantidade de pés dos produtores que não estão inscritos no Sistema, acrescida de um percentual de fumicultores que plantaram a mais ou a menos que o inscrito e somado a um percentual de produtores que não têm cadastro com empresa. Desses quatro fatores obtém-se a área plantada.

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O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, explica que é uma estimativa inicial, pois os números finais dependem do clima. “Na safra passada, divulgamos esses primeiros números na primeira quinzena de novembro. Apesar de a estiagem ter prejudicado a produção em algumas regiões, nossos números conferiram tendo, inclusive, um pequeno incremento. Na safra anterior, a de 2021/2022, também divulgamos a iniciativa prévia em novembro. Porém, com a estiagem acentuada, refizemos os números em janeiro, apontando quebra”, enfatiza o presidente.

“Como o clima ajudou os produtores que plantam mais tarde, cuja chuva recuperou o tabaco, ao invés de quebra de produção, tivemos uma safra cheia. Por isso, quando falamos em números, é preciso ter em mente que são estimativas iniciais. Eles dependem do clima e, mais importante, levam em conta a média.”
Segundo Drescher, em algumas regiões há agricultores plantando novas lavouras para a safra atual. “Esses números não estão nessa estimativa e podem influenciar no fim da safra.”

No Rio Grande do Sul, a estimativa de produção aponta para 230.845 toneladas. Estão divididas em 207.967 toneladas de Virgínia (-10,2%), 22.050 de Burley (-10,4%) e 828 toneladas de Comum (+36,0%), cultivados numa área de 125.996 hectares (+7,1%), com produtividade média de 1.832 kg/ha (-16,1%). A safra conta com 68.582 famílias produtoras (+5,9%).

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Em Santa Catarina, a projeção é de 154.864 toneladas, com 143.174 no Virgínia (-18,9%); 10.655 no Burley (-26,3%) e 1.036 toneladas na variedade Comum (-18,6%), produzidas numa área de 84.280 hectares (+8,8%). A produtividade média é de 1.837 kg/ha (-25,9%). As famílias produtoras são 40.103 (+7,2%).
No Paraná, a produção deve chegar às 137.148 toneladas: 123.869 no Virgínia (-13,6%); 6.947 no Burley (-6,0%); e 3.229 toneladas no Comum (+9,8%), numa área de 73.908 hectares. (+11,0%). A estimativa de produtividade média é de 1.856 kg/ha (-21,1%). O número de famílias produtoras é de 24.580 (+7,8%).

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Preocupação

O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, diz que o aumento na área produtiva era esperado. “A safra passada foi, para uma grande parte dos produtores de tabaco, muito lucrativa, com alta rentabilidade, e os grãos trouxeram prejuízos significativos. Esses dois fatores fazem com que alguns produtores aumentem a sua área, ou os que haviam trocado o tabaco pelos grãos retornem à cultura.”

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Porém, esse aumento na área plantada causa preocupação. “Precisamos manter a oferta adequada à demanda para garantir a lucratividade do produtor. É preocupante esse aumento de área em época de clima estável, pois pode dar uma produção alta e influenciar na remuneração do agricultor.” O custo de produção para a safra 2023/2024 está na reta final, sendo feito em conjunto por representantes das entidades e de cada empresa fumageira. As negociações de preço devem se iniciar em dezembro, com a conclusão do levantamento do custo de produção.

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