Vale tudo para conectar a mente com a prosperidade e abrir caminhos para trazer novos recursos financeiros. Tem gente que toma banho de arruda e sal grosso, acende velas, usa amuletos da sorte, repete mantras, estimula pensamentos positivos; há aqueles que apelam diretamente a santos, como São Judas Tadeu, conhecido como o santo das causas impossíveis e frequentemente invocado em situações financeiras complicadas ou difíceis. Ou, ainda, o Santo Expedito, o das causas urgentes, e Santa Edwiges, conhecida como a protetora dos endividados. Certamente, deve ser a santa com mais trabalho no Brasil, à vista dos milhões de endividados que confiam nela a esperança da solução dos problemas financeiros.
É claro que essas práticas podem ajudar a obter algum dinheiro extra, principalmente quando são observadas por pessoas com crenças pessoais, espiritualidade e mentalidade positiva muito fortes. No entanto, uma abordagem realista e prática para lidar com questões financeiras, como diagnóstico da situação financeira, orçamento, hábitos de consumo etc, certamente terá efeitos positivos nas finanças pessoais e familiares.
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Ganhar um dinheiro extra, até esperado, como 13º salário e restituição do IR, ou, ainda, inesperado, como o prêmio de algum sorteio, geralmente são motivos de euforia e, principalmente, de ter que decidir o que fazer com ele. Independente se é um dinheiro extra ou inesperado, uma vez com ele no bolso ou na conta do banco, é hora de fazer alguma coisa com ele. Tem quem não pensa muito ou, então, por achar ser um dinheiro ”caído do céu”, trata de gastá-lo logo, às vezes na realização de algum sonho de consumo há muito acalentado. Porém, como cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, é o momento de, antes de sair por aí querendo se desfazer dessa grana extra, avaliar a situação financeira atual:
- Se está inadimplente: relacionar as dívidas em atraso e tratar de pagá-las; com dinheiro na mão, é possível obter dispensa de multas e descontos nos juros; se o valor disponível de dinheiro não for suficiente para quitar a dívida, propor um plano de pagamento, mas que caiba no orçamento; aproveitar para identificar as causas da inadimplência e iniciar um planejamento para evitar cair na mesma situação no futuro;
- Se tem dívidas, mas estão sendo pagas nos vencimentos: com dinheiro na mão, muitas pessoas ficam tentadas a livrar-se das dívidas logo só para não terem mais aquele compromisso de todo o mês providenciar o pagamento ou sentir-se livre de dividas; é um erro, principalmente quando não há desconto pela antecipação de alguma parcela; a sugestão é continuar pagando as parcelas, nos respectivos vencimentos, e guardar o dinheiro como reserva financeira para algum imprevisto, alguma oportunidade de negócio ou iniciar algum investimento;
- Não tem dívidas e quer usar o dinheiro extra ou inesperado de forma tranquila: realizar algum sonho de consumo, “engordar” algum investimento já existente ou, ainda, iniciar um. O primeiro cuidado seria ter um valor como reserva para imprevistos, equivalente ao período de três a seis meses de salários ou rendas; para o restante, buscar no mercado alternativas de investimento, em linha com os objetivos pessoais ou familiares, observando prazos de aplicação e grau de risco aceitável, de acordo com o perfil (conservador, moderado e agressivo).
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O importante com o dinheiro guardado em algum investimento é que ele tenha um objetivo. Reinaldo Domingos, criador da DSOP Educação Financeira e pós-Doctor em educação financeira, fala que o dinheiro guardado precisa ser “carimbado” para não ser usado em qualquer demanda, que pode ser até para atender o pedido de empréstimo de algum familiar, colega, amigo.
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