Nem mesmo a chuvarada registrada nas primeiras horas da manhã do sábado, 18, impediu que o público participasse da 33ª Feira do Livro de Rio Pardo. O evento, iniciado na quinta-feira, reuniu em torno de três mil estudantes das redes municipal e estadual de ensino, além de professores, escritores, livreiros e comunidade em geral, durante toda a programação. Realizada neste ano no Centro Regional de Cultura, na Rua Andrade Neves, em função da instabilidade, a Feira do Livro teve como patrono o autor Rodrigo Santos Keller, que lançou a obra Bem-vindo a Rio Pardo.
O tema desta edição, “Navegando nas Páginas da Leitura”, foi cumprido à risca pela comissão organizadora e pelo público participante. No sábado, por exemplo, além dos momentos de contação de histórias, que estiveram a cargo de Lane Bastos e Giseli Lunardi, e de palestra com Chiquinho Divilas, houve visitação de escolas às bancas dos livreiros.
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Durante a 33ª Feira do Livro, o espaço do Centro de Cultura ficou completamente lotado pelos alunos. Entre as turmas que aproveitaram para conferir as novidades em livros estavam as de pré-escola e primeiro ano do Ensino Fundamental, da escola municipal João Francisco de Menezes, da localidade de Rincão dos Paz, interior de Rio Pardo. Na companhia da professora Carla Unterberger de Bastos Paz, nove estudantes, igualmente acompanhados das mães, circularam por entre as bancas e se encantaram.
Em entrevista à Gazeta do Sul, a professora informou que o educandário fica a cerca de 35 quilômetros da cidade e atende 45 crianças do pré ao quinto ano. Disse, ainda, que as turmas participam todos os anos da Feira do Livro. “Venho todo ano com as crianças. É importante que elas tenham acesso ao mundo dos livros desde cedo, principalmente para trabalharem o seu imaginário”, disse. Como estímulo à leitura, ela relatou que as turmas participam de momentos de contação de história em sala de aula.
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Contribuição para educação melhor
Eventos como a feira, no entendimento do secretário de Educação de Rio Pardo, Tiago Mello, ajudam a construir uma educação melhor e de qualidade, pois possibilitam reunir todos os agentes envolvidos no ensino. “A gente fala em construir uma educação melhor, uma educação de qualidade, mas a gente só consegue fazer isso quando tem, aliado à educação, a cultura, a leitura e todos os entes envolvidos trabalhando em prol disso. A feira deste ano demonstrou que, quando se trabalha em conjunto, as coisas acontecem”, disse. Segundo Mello, “foi uma grande feira, com grande resultado”.
Ao avaliar a mudança de local da Feira do Livro, da Praça da Matriz para o Centro Regional de Cultura, ele considerou ter sido uma decisão acertada, primeiramente em função do clima, marcado por dias consecutivos de chuva. “Rio Pardo sempre respirou cultura, respirou história, literatura, nos eventos religiosos, nos eventos populares, como na arquitetura de seus prédios. A 33ª Feira do Livro, que é um momento de fomentar a educação, reuniu em um local o que representa tudo isso”, considerou. Entre as novidades da programação deste ano, ele citou duas atividades realizadas à noite: o sarau literário no Solar do Almirante e a apresentação da banda da Editora Gaúcha, que é formada por sete músicos da Orquestra da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
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Destaque para a cultura gaúcha
Entre as oito bancas de livreiros que participaram da 33ª Feira do Livro de Rio Pardo estava a da Martins Livreiro Editora, de Porto Alegre. Presença confirmada no município nos últimos cinco anos, é uma das mais importantes do Estado e que tem como diferencial o trabalho voltado para a cultura do Rio Grande do Sul.
Tendo como foco os livros regionais, a Martins Livreiro destaca tudo aquilo que a cultura gaúcha tem de melhor. Conforme o Relações Públicas da editora, Luiz Alfredo Borges, os livros comercializados são relacionados a poemas, cantos, lendas, revoluções, ao trabalho com couro, cavalo e erva-mate, enfim, com diversos aspectos da história do Rio Grande do Sul. Há 77 anos no mercado, a Martins Livreiro participa, ao longo de todo o ano, de 25 feiras no Estado, além de outras realizadas em Santa Catarina, no Paraná e em Brasília.
De modo geral, Borges considerou as vendas realizadas na 33ª Feira do Livro de Rio Pardo como positivas, embora o local de exposição neste ano tenha sido fechado, em decorrência das fortes chuvas.
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