m escritor gaúcho há décadas radicado em São Paulo é uma das mais potentes vozes da literatura brasileira contemporânea. E talvez os conterrâneos de seu Estado natal (ainda) o leiam menos do que deveriam, situação que valeria reverter o quanto antes. Pelo bem dos leitores, tendo em vista que a sua obra eleva-se perante as melhores narrativas elaboradas no mundo todo.
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E isso que Menalton Braff, nascido em Taquara em 23 de julho de 1938, começou a publicar efetivamente bem mais tarde, por volta dos 60 anos. No entanto, desde 1999, quando lançou o volume de contos À sombra do cipreste, surgiu como uma lufada de oxigênio puro, renovador, na cena literária nacional, de pronto conquistando o Jabuti na categoria Livro do Ano, em 2000.
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Se intensificou a sua publicação mais tardiamente, passou a fazê-lo em um ritmo intenso. Ao longo do século 21, trouxe à luz quase três dezenas de títulos, e mais recentemente imprime ritmo de ao menos um por ano. Eles são voltados a diferentes gêneros, com destaque para a narrativa de ficção (romances, contos, novelas), mas também textos direcionados ao público infantojuvenil.
A qualidade de sua escrita, uma vez mais, pode ser medida pela recorrência na condição de finalista de importantes certames literários, como a Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo, o Jabuti, o Prêmio Portugal Telecom e o Prêmio São Paulo de Literatura, entre outros. A intensidade de sua publicação teve relação com o momento em que deixou as salas de aula, nas quais atuou como professor de Literatura Brasileira, no Ensino Médio, em escolas da região de Ribeirão Preto, onde se fixara.
Ainda que fixado em São Paulo, nunca abandonou de todo os seus contatos com o Estado natal, tanto por vínculos familiares quanto pela interlocução com colegas das letras. Integrou, por exemplo, a programação da Feira do Livro de Porto Alegre, onde, em edição anterior, foi contemplado em um painel sobre autores gaúchos cuja obra fora construída em outra região brasileira.
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E, na reta final de 2023, Menalton está em vias de lançar novo romance, em agenda prevista para o dia 7 de novembro. Foi no contexto desse novo livro que o autor concedeu entrevista exclusiva, por e-mail e também por WhatsApp, à Gazeta do Sul, bate-papo que pode ser conferido na página 3 do Magazine. Tem-se ali um mestre gaúcho das letras reafirmando o seu carinho pelo Estado natal.
Novo livro chega na terça-feira
Os romances se destacam no conjunto literário de Menalton Braff, desde o elogiado Que enchente me carrega?, de 2000. Mais recentemente, a sua obra vem sendo publicada pela editora paulista Reformatório, na qual estreou com os contos de Amor passageiro, em 2018. A ele seguiram-se, nessa casa editorial, três romances: Além do Rio dos Sinos, de 2020; Cenas de um amor imperfeito, de 2021; e Tocata e fuga a quatro vozes, de 2022. O primeiro deles recebeu o Prêmio Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional, e foi finalista do Prêmio Oceanos e do Prêmio São Paulo de Literatura.
Agora, na próxima terça-feira, lança Os olhos do meu pai, que define como “uma pequena tragédia rural”.
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Em suas palavras, aborda um conflito familiar envolvendo o patriarca, seu filho primogênito e duas irmãs. “Alguns traços simbólicos me lembram Freud – a autoridade e o desejo de romper com ela. Daí o conflito”, comenta na entrevista concedida à Gazeta. Essa obra pode ser adquirida diretamente pelo site da editora.
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