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CASO MOTOCROSS

Após ser adiado duas vezes, júri é remarcado para 2024; entenda

Crime aconteceu em residência da Rua Walder Rude Kipper, no Bairro Arroio Grande

Pela terceira vez, está marcado pela Justiça o último julgamento de um dos homicídios mais emblemáticos registrados em Santa Cruz do Sul nos últimos tempos. A 1ª Vara Criminal do município confirmou para o dia 18 de abril de 2024, uma quinta-feira, às 9h30, o julgamento dos dois réus restantes do chamado Caso Motocross. Renato Andrade Ferreira, de 35 anos, e Gabriel Nascimento da Luz, de 55, respondem pelo assassinato de Tiago Aliandro Kohlrausch, de 30 anos.

A sessão, que irá ocorrer quatro anos e meio depois do crime, será realizada no Fórum de Santa Cruz e presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. Autor da denúncia, o promotor Flávio Eduardo de Lima Passos representará o Ministério Público (MP). O crime que será analisado pelo conselho de sentença aconteceu na noite de 23 de setembro de 2019, uma segunda-feira, na Rua Walder Rude Kipper, Loteamento Motocross, no Bairro Arroio Grande.

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Kohlrausch, então mecânico concursado da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, morreu com quatro disparos de pistola calibre 380, efetuados por matadores de aluguel, na garagem da casa dele. Renato e a companheira dele na época, Patrícia D’Ávila da Luz, hoje com 24 anos, foram indiciados pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima). Patrícia é mãe do único filho de Tiago, que tinha 1 ano e 5 meses na época – hoje a criança está com 5 anos.

Conforme as conclusões do delegado Alessander Zucuni Garcia, em um inquérito de 350 páginas, a mulher e o padrasto da criança planejaram e coordenaram o assassinato do funcionário público. O objetivo seria afastar Kohlrausch do filho. Gabriel Nascimento da Luz, tio de Patrícia e morador de Santa Cruz, seria o dono do veículo usado pelos matadores contratados que foram à casa da vítima. Este responde por homicídio duplamente qualificado.

Tiago era pai de um menino

Imbróglios jurídicos marcam andamento do caso

O Caso Motocross ficou marcado pelos imbróglios jurídicos e passou por muitas reviravoltas ao longo dos anos. No primeiro júri, em 15 de setembro de 2021, Patrícia D’Ávila da Luz acabou condenada a 16 anos de prisão – pena que em 6 de maio deste ano foi revertida para 13 anos e nove meses pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, atendendo a apelo do advogado Roberto Weiss Kist, que atua na sua defesa. Um segundo julgamento, marcado para 13 de abril de 2022, analisaria a conduta dos outros dois réus no processo.

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No entanto, faltando dois dias para a sessão, Gabriel Nascimento da Luz, que responde em liberdade e seria representado pelo defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior, decidiu constituir advogado e nomeou Diego da Silveira Cabral, de Porto Alegre. O novo defensor pediu o adiamento face à complexidade do processo, o que foi aceito pela Justiça. Nos desdobramentos do caso, outro fato chamou a atenção.

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A advogada Tatiana Borsa, que ficou conhecida por defender no júri da Boate Kiss o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos, da banda Gurizada Fandangueira, e neste caso defende o réu Renato, registrou uma ocorrência. Ela disse que se sentiu intimidada após receber uma ligação de uma parente de Tiago Kohlrausch. O conteúdo da conversa e quem foi a pessoa não foram revelados, mas o áudio chegou ao conhecimento da Justiça e foi juntado nos autos. Outro capítulo foi um “debate” entre advogados ocorrido na Rádio Gazeta FM 107,9.

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Em uma entrevista, Tatiana Borsa manifestou contrariedade quanto ao adiamento do julgamento e fez duras críticas aos outros réus no processo. Dois dias depois, o advogado Roberto Weiss Kist pediu direito de resposta em razão de um comentário da advogada na entrevista, quando afirmou que Gabriel, Patrícia e a mãe da ré “bolaram e tramaram” o homicídio de Tiago.

“Esse comentário da doutora Tatiana beira a irresponsabilidade”, disparou Kist na oportunidade. Renato respondia ao processo cumprindo prisão preventiva. Tatiana, que já havia conseguido em 19 de março de 2020 a revogação da preventiva que seu cliente cumpria na Cadeia Pública de Porto Alegre, conseguiu reverter em 7 de julho do ano passado a prisão domiciliar, para que o homem de 35 anos, que mora em Porto Alegre, aguardasse o julgamento em liberdade total.

Por fim, remarcado para 31 de agosto deste ano, o júri de Renato e Gabriel teve novamente de ser cancelado. Desta vez, a advogada Tatiana já tinha outra sessão também em Santa Cruz, marcada anteriormente, para defender um santa-cruzense de 32 anos, acusado de tráfico, associação para a traficância e posse irregular de arma de fogo, em um processo que tramita na 2ª Vara Criminal do município.

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