A pandemia de novo coronavírus teve um impacto significativo para pacientes que aguardavam por consultas com especialistas pela rede pública de saúde em Santa Cruz do Sul. Além de cancelamentos estabelecidos por decretos, o cumprimento de recomendações de isolamento social resultou na queda do número de agendamentos e no aumento das faltas aos atendimentos.
De acordo com a Central de Regulação e Agendamento, o índice de 10,89% de ausências registrado em janeiro deste ano passou para 19% em abril, o que representa um acréscimo de 74,4%. Dados fornecidos pelos prestadores de serviços mostram que, no primeiro mês do ano, das 4.820 consultas marcadas, em 525 os pacientes não compareceram. Em fevereiro – mês no qual iniciaram as primeiras suspeitas de Covid-19 em Santa Cruz – foram 4.447 agendamentos e 618 faltas, o equivalente a 13,89% de ausência.
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Já em março, o impacto foi ainda maior. Dos 4.064 agendamentos, cerca de 3.340 foram efetivados. O índice de faltas nesse mês girou em torno de 17,6%. Com as regras mais restritivas em abril, as marcações de consultas reduziram de forma expressiva: foram contabilizadas apenas 1.499, sendo que 286 pessoas faltaram.
De acordo com o secretário de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, espera-se que o não comparecimento diminua. “Tivemos prestadores de serviços que não enviaram as agendas completas para evitar aglomerações, médicos que pararam de atender e prioridade para casos de urgência. Mas ainda percebemos que a população, diante de tantos pedidos para que se ficasse em casa, também acabou deixando de ir às consultas. Com a bandeira amarela, esperamos que, aos poucos, os atendimentos voltem a normalizar, pois há muitas pessoas que sofrem com outros problemas de saúde. Não é só a Covid-19 que preocupa”, ressaltou.
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