O segundo final de semana da 38ª Oktoberfest foi de quebra de recordes. O sábado registrou o segundo maior público da história da Festa da Alegria em um único dia, com mais de 33 mil pessoas. Já o domingo de sol e boa temperatura pela manhã levou mais pessoas à Rua Marechal Floriano para acompanhar o segundo desfile temático, que se iniciou 10h30. Com o tema “Nossa História, Nosso Futuro”, o evento contou com nove carros alegóricos e 49 alas formadas por integrantes de empresas e entidades.
Ao todo, mais de 5 mil figurantes passaram pela rua principal de Santa Cruz durante as duas horas de desfile. Diferente do Dia da Maturidade Ativa e do Dia da Criança, em que o tempo permaneceu instável, para o presidente da festa, João Goerck, o fim de semana de tempo bom foi um estímulo a mais para fazer o público comparecer e aproveitar as atrações da Oktoberfest.
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“A gente ficou muito contente com São Pedro, que nos deu uma trégua da chuva nos últimos dias. Neste desfile, com 45 mil pessoas, superamos a marca do final de semana passado, em que foram 40 mil. Parte disso são os turistas, que vêm e espalham por aí que é bonito, que é seguro, organizado, e aí mais gente vem. Nosso desfile é diferenciado, com muita interação com o público e quem está passando na rua, e isso faz a diferença”, comentou Goerck.
“Neste final de semana, comemoramos ainda o recorde de segundo maior público de todos os tempos em um dia, pois até às 21 horas de sábado, 33 mil pessoas haviam acessado o parque. Calculamos que mais três ou quatro mil entraram depois, e pra nós isso é de muita alegria. Esperamos ao final da Oktober bater mais um recorde e superar o público total de 400 mil do ano passado”, projetou o presidente da 38ª Oktoberfest. Goerck atua na organização da festa há 31 edições.
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Nem a aduana tirou os argentinos da festa
Encantados com a movimentação do desfile de ontem, os argentinos Willy Andreas Sarvold, de 69 anos; Christian Kemmling, de 45; Ricardo Guillermo Lago, 65; e Arvid Pizzio, 43 anos, passaram por uma verdadeira aventura para chegar a Santa Cruz do Sul. Eles fazem parte da Asociación Deportiva y Cultural Argentino Alemana, promotora da cultura germânica no país vizinho, e que joga o famoso Eisstocksport.
Depois de 2019, esta foi a segunda vez que os argentinos vieram de carro a Santa Cruz para a disputa do Torneio Internacional de Eisstocksport, realizado pela Federação Gaúcha Desportiva de Eisstocksport (FGDE) e Centro Cultural 25 de Julho, com o patrocínio da Prefeitura de Santa Cruz do Sul. Por pouco, um dos colegas não pôde vir.
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“O Ricardo ficou trancado na aduana, de Paso de Los Libres para Uruguaiana, porque apresentou um documento vencido. Iríamos participar do evento com três jogadores apenas. Mas foi então que ele voltou de ônibus até Buenos Aires, pegou um avião e avisou que chegaria pela noite de quarta-feira em Porto Alegre”, contou Willy, o líder do grupo. Mas antes de vir ao Rio Grande do Sul, ainda no aeroporto de Buenos Aires, um novo contratempo.
O argentino Ricardo Guillermo Lago perdeu o celular. “Não tínhamos comunicação com ele. A sorte que o encontramos na chegada no aeroporto, em Porto Alegre, e pudemos vir e aproveitar os encantos dessa cidade”, ressaltou Sarvold, que estava acompanhado dos santa-cruzenses Silvino Roque Sehnem, de 76 anos, e Irineu Welker, 63, dois históricos jogadores de Eisstocksport do município.
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Um calor e um sabor a mais no carro de Linha Nova
Se o copo de chope é indispensável na Oktoberfest, nada melhor que um acompanhamento à altura. No desfile temático desse domingo, o carro da comunidade de Linha Nova chamava a atenção de longe, e não só pelos adereços e decorações, mas pelo cheiro. Um porco no rolete estava sendo assado sobre o carro alegórico e atraía os olhares do público.
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Desde pouco antes das 8 horas, a carne já estava no fogo, perto do trevo do 2001, onde os carros alegóricos aguardavam para saírem em comboio até a Marechal Floriano. Os assadores precisavam deixar os 28 quilos de porco no ponto, pois seria servido mais tarde.
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Se o sol das 10h30 já deixava o ambiente abafado, próximo do rolete a temperatura subia mais uns 10 graus. Nada que abalasse a animação dos três assadores. “O calor faz parte. Estamos muito felizes com mais essa participação no desfile e vamos aproveitar que o dia está muito bonito”, comentou Valdir Moura, de 48 anos, que revezava no cuidado com a carne com José Grando, de 62 anos, e Roni Galle, de 63.
Perguntado se o público pede pedaços do porco no desfile, Moura afirmou que sim. “Eles pedem, mas na hora não tem como tirar. Servimos só mais tarde”, revelou. O grupo prepara para o dia 12 de novembro a 22ª edição do Festival Gaúcho do Porco no Rolete, em Linha Nova, interior de Santa Cruz.
Vestida de Frida, vovó encantou
Paciente sentada em uma cadeira na esquina da Floriano com a Ramiro, dona Sônia Colombo, de 93 anos, vestida de Frida, aguardava ansiosa o início do desfile. As cores e os brilhos dos carros alegóricos já na abertura encantavam seus olhos. Acompanhada da nora Fátima Almeida, de 53 anos, e da cuidadora particular, a técnica em enfermagem Daniela Rabuske, de 44, ela conversou com a Gazeta. “Adoro o desfile. Coloquei a roupa de Frida e disse que queria vir”, contou, com um sorriso no rosto.
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Outra família que acompanhou o evento de perto foi a de Rudinei da Silva, de 37 anos, e Taís Lopes, 33, com a filha Isadora Cristine Lopes da Silva, de 6. “A gente sempre vem. Semana passada não conseguimos porque estávamos trabalhando, mas nesse domingo o tempo também ajudou, o dia ficou bonito e conseguimos vir”, disse Taís.
Os moradores do Bairro Dona Carlota chegaram às 9 horas para garantir um bom lugar para colocar as cadeiras, em frente ao Colégio São Luís. “É bom porque podemos sentar, tomar um chimarrãozinho, comer algo enquanto assistimos”, complementou a mulher. O Desfile Temático faz parte da Mostra Cultural da 38ª Oktoberfest, através da Lei de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura.
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