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Músico

Para tocar o coração: seu Donato Weis é um mestre absoluto do trompete

Foto: Alencar da Rosa

Talento: Weis mantém viva a arte da música orquestrada

Na cena artística de Santa Cruz do Sul e de toda a região central gaúcha, quando o assunto é trompete, no universo dos instrumentos de sopro, um nome paira absoluto: o de Donato Weis. Com sua bagagem de formação e a participação em conjuntos de baile e orquestras, ele já encantou gerações com sua música.

É uma história que se vincula diretamente a sua família. Ele foi o primogênito do casal Arthur Fernando Weis e Leonita Sidônia Weis, ambos já falecidos, e nasceu no dia 3 de março de 1948. Tem ainda os irmãos Rogério, Gilmar e João Carlos. Herdou do pai, um exímio acordeonista, o gosto pela música. Donato nasceu em Santa Cruz, sendo os Weis oriundos da Linha Santa Cruz, mas quando era menino a família se mudara para Monte Alverne.

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O pai atuava num grupo chamado Jazz Vida Azul, e em casa tinha um trompete, usado para animar bailes de carnaval. Um dia, em reunião de amigos para apreciar músicas em eletrola, ouviu pela primeira vez uma melodia, Perguntou de que se tratava: Cerejeira Rosa, de Perez Prado e Orquestra, lhe responderam. Encantou-se por aquela canção.

De forma autodidata, determinou-se a tirá-la no trompete. Quando seu Arthur chegou em casa, mostrou o que havia aprendido. O pai ficou impressionado, e Donato nunca mais abandonou a música. Logo mais, viria a Santa Cruz para cursar o ginásio no Colégio São Luís. Passou a ter aulas com o professor Haraldo Ullmann, e logo ingressou na banda marcial do São Luís. Seguiu com o aprimoramento, participava de festivais e frequentou até projeto da Unisinos com professor de trompete da Osquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa).

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Na época, o pai fundara o Orquestral Arthur, já com o filho no elenco. E tocando trompete, claro. Como não havia concluído o segundo grau, fez o supletivo e cursou Secretariado. Logo foi para Administração de Empresas, até entrar em Direito, no qual se formou. Aos 20 anos, casou-se com Liani Bauermann. Com ela tem os filhos Fabiana, 53, e Samuel, 47, que, por sinal, herdou a vocação pela música, sendo exímio baterista e tocando trompete. Samuel deu-lhes duas netas (Luana e Bruna); e Fabiana, que reside em Cascavel com sua família, deu-lhes uma neta (Luiza) e um neto (Davi, que é guitarrista e membro de uma banda de rock). Donato e o filho Samuel hoje podem ser vistos atuando juntos em muitas apresentações e formações musicais na cidade.

Quando seu Arthur se aposentara de sua orquestra, Donato integrou brevemente o Grupo Divulgasom, de Celso Rosa, em Candelária. Então formou o Donato e seu Conjunto, responsável por animar muitos encontros sociais inesquecíveis na região. Depois integrou o grupo Anos Dourados e ainda a Orquestra Cassino, assim como, nos anos 70, a Orquestra Lyra.

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Cumprida a jornada com seu grupo, já nos anos 2000, integrou as primeiras formações da Orquestra Municipal de Santa Cruz, depois Orquestra da Unisc, e fez parte da Banda Municipal de Vera Cruz. Junto à Unisc, foi também professor de trompete na Escola de Música. Mais recentemente, contribuiu para a Orquestra Santa Cruz Filarmonia, organizou e participou de dois tributos a Herb Alpert, e ainda atua na Santa Brass Band.

A sua arte está registrada com a gravação de um CD de melodias gospel, de canções tradicionais dessa área. Ressalta que quando começou a sua jornada pelo universo artístico e cultural, nos anos 60 e 70, as músicas eram praticamente todas orquestradas. Essa constituiu a base de sua formação como artista, marcando as suas preferências e referências, de célebres compositores e intérpretes. E é com essa bagagem e esse virtuosismo que Donato Weis segue emocionando e encantando plateias, inevitavelmente extasiadas com a sua atuação.

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Cinco músicas referenciais para seu Donato:

  • Cerejeira Rosa (Perez Prado e sua Orquestra)
  • El Presidente (Herb Alpert e Tijuana Brass) 
  • Yolanda (Pablo Milanes/Chico Buarque)
  • In the Mood (Glenn Miller e Orquestra)
  • Barracão de Zinco (Elizeth Cardoso)

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